Uma ex-namorada de Dr. Jairinho que acusa o vereador de agressão contra ela e a filha faltou ao depoimento previsto para a tarde desta sexta-feira (2) na Delegacia da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro. A agressão terria ocorrido há oito anos. A filha da ex-namorada, que agora tem 12 anos, já prestou depoimento. Os depoimentos podem ajudar a traçar o comportamento de Jairinho, investigado pela morte do enteado, o menino Henry Borel, de 4 anos.
O jornalismo da Record TV também teve acesso a outra uma ocorrência, feita em 2014 pela ex-mulher do político. Hoje, o caso está arquivado, mas na época ela informou na delegacia que foi agredida várias vezes pelo marido, que chegou a tentar enforcá-la, mas que nunca registrou tais agressões.
Também nesta sexta , o advogado de Leniel, Airton Barros, afirmou que pedirá que o pai de Henry, Leniel Borel, seja novamente ouvido pela polícia. Segundo Barros, Dr. Jairinho, teria dito ao pai do menino para ter outro filho. “‘Vire a página e faça outro filho’, foi o que ele colocou pro Leniel. O Leniel tonto naquele momento, sozinho, providenciando o enterro do filho ainda, não processou isso, mas depois, quando a ficha caiu, foi motivo logicamente de grande revolta”, afirmou o advogado.
O advogado de defesa de Jairinho e Monique Medeiros, a mãe de Henry, disse que uma testemunha afirmou que o delegado responsável pela apuração da morte do menino age de forma tendenciosa.
De acordo com André França Barreto, a testemunha afirmou que tentou, mas não conseguiu falar outros temas que não os determinados pelo delegado. Ele leu um texto em que a testemunha afirma: “Espantou-me quando o delegado, no momento em que referi que Jairinho nao ter ciumes da Monique, ter socado fortemente a mesa e dito: ‘Esse cara é perfeito, estou com sede nele’”.
Por conta do comportamento, a testemunha pediu a Barreto que entre em contato com Ministério Público ou o juiz da causa para que possa conceder um novo depoimento, que seja gravado.
Henry morreu na madrugada do último dia 8, após ser encontrado desacordado no apartamento onde morava com a mãe, Monique Medeiros e o namorado dela, o vereador Dr. Jairinho. A mãe e o padastro o levaram para um hospital particular, mas a criança já chegou sem vida ao local, de acordo com as pediatras que atenderem o menino. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta como causa da morte múltiplas lesões ocasionadas por ação contundente.