O corpo do soldado Leandro Patrocínio, encontrado em terreno baldio em Heliópolis, na zona sul de São Paulo, foi enterrado neste domingo (6) no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, cidade natal do policial. Nesta segunda-feira (7), a Polícia Civil vai pedir a prisão temporária de três suspeitos de envolvimento no crime.
O soldado estava desaparecido desde 29 de maio depois de ingressar na comunidade em São Paulo. O corpo foi localizado no sábado (5) em um terreno da Petrobras com auxílio de cães farejadores. O moletom preto usado por ele estava ao lado do corpo. Também o estado de decomposição indicava, segundo a polícia, que era mesmo o agente desaparecido.
Os exames necroscópicos foram realizados no IML (Instituto Médico Legal) Central durante a noite e o corpo foi liberado na madrugada de domingo após reconhecimento de familiares. Às 5h30 da manhã, seguiu viagem para o Rio de Janeiro.
Leandro estava lotado em um batalhão da Polícia Rodoviária Estadual, localizado na rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Ele entraria no trabalho às 5h de domingo (30), porém nunca apareceu. Apesar de ser do Rio, ele estava há 5 anos na Polícia Militar de São Paulo.
De acordo com Kelly Patrocínio, irmã do policial, ele era casado e tinha uma filha de 1 ano e 10 meses. Leandro residia no quartel e, nas folgas, retornava ao Rio. O soldado era muito tranquilo e nunca havia recebido ameaças, segundo Kelly.
Investigação
A Polícia Civil já identificou dois suspeitos de participarem do sequestro e morte do soldado. Um dos suspeitos cumpriu pena por tráfico de drogas, e o segundo não tem passagens pela polícia. Eles foram identificados, mas não localizados.
Os investigadores acreditam que pelo menos quatro pessoas participaram da morte de Leandro. A polícia encontrou impressões digitais de dois suspeitos na casa onde estava o relógio do policial. O local funcionava como cativeiro e fica ao lado da casa noturna, onde o soldado teria ido na noite do desaparecimento.
R7