Evandro Santo, humorista e ex-peão de A Fazenda 10, foi às redes sociais assumir o vício em drogas e pedir ajuda. Em um vídeo de pouco mais de nove minutos, o artista falou que é preciso ter coragem para assumir o problema.
“Este é o IGTV mais difícil e acho que um dos mais importantes da minha vida. Eu vou começar com uma frase que muitos de vocês talvez não conheçam, mas muito talvez conheçam. Eu sou o Evandro, 46 anos, e sou um adicto em recuperação. A adicção é uma doença que pode surgir com compulsões e pode evoluir através de sexo, comida, drogas, e no meu caso foram as drogas”, começou.
“Sinto muito informar a vocês, mas essa doença não escolhe nível intelectual, não escolhe nível social, não escolhe se é bonito ou se é feio. É uma doença e tanto que está espalhada em todas as classes sociais”, disse.
E continuou. “Eu tive uma adolescência bem tranquila na verdade. Meu interesse era fazer balé, fazer teatro, pagar minhas contas. Eu saí de casa cedo, já era gay, filha de mãe solteira. Mexer com as drogas não estava nos meus planos, pois eu sabia que a droga poderia me derrubar a caminho da minha sobrevivência. Eu não fumei maconha, eu não bebi, não cheirei, não usei loló. Todas as minhas loucuras eu fiz de cara limpa”, contou.
Em outro momento do vídeo, Evandro relatou que o primeiro contato que teve com as drogas foi por meio de um amigo. “Ele estava tomando ecstasy e parecia tão moderno, tão crível, reluzente. Ele estava andando com os caras mais bacanas da balada. Eu pedi, falei: ‘Eu quero tomar’. Eu tinha 29 anos”, recordou.
O humorista revelou ainda que está na quinta internação, e que neste momento, encontra-se numa clínica de um amigo. Evandro não teve vergonha em dizer que passou por muitas recaídas, sempre acreditando que uma hora iria se recuperar definitivamente. O humorista contou como tem sido o tratamento que tem recebido.
“É um tratamento humanizado, a recuperação é por atração. Tem uma diferença entre estar limpo e estar em recuperação. Eu posso estar limpo e não estar em recuperação, a minha doença tem a ver com o meu comportamento. A recuperação é total, mental, espiritual e física. Foi nessa quinta internação que eu consegui finalmente falar: ‘Sim, eu sou doente. Sim, eu preciso de ajuda’. Foi a primeira vez que eu me internei voluntariamente, com vontade, e acho que fez toda a diferença”, disse.
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R7