Allan Carter – Colaborador
O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, junto com autoridades do COI e da prefeitura de Tokyo decidiram que as Olimpíadas não terão público nos jogos. Além disso, foi decretado um estado de emergência entre 12 de julho e 22 de agosto, com fechamento de bares, karaokês e semelhantes a partir das 20h. As medidas foram tomadas devido ao aumento de casos de COVID19 no Japão, especialmente em Tokyo.
O debate sobre ter ou não público nos jogos ocorre há meses. Primeiro, foi decretado que não poderiam entrar estrangeiros no país, exceto atletas e credenciados. Depois, as arenas e locais do evento foram limitados a 50% da sua capacidade. Porém, nesta segunda-feira, a 15 dias dos jogos uma decisão final foi tomada.
A decisão visa a não propagação do vírus e suas novas variantes, não só impedindo o público estrangeiro, mas a aglomeração entre os Japoneses com a proibição de venda de bebidas alcoólicas. “Levando em consideração o efeito das variantes do coronavírus e para não permitir que as infecções se espalhem novamente para o restante do país, precisamos fortalecer nossas contra-medidas”, disse o primeiro-ministro
Existe uma forte oposição aos jogos entre os japoneses que querem o adiamento ou cancelamento. Uma pesquisa realizada em junho pelo principal jornal do país, o Asahi Shimbun, sugeriu que mais de 80% da população queriam que os Jogos fossem cancelados ou adiados. Os jogos que já sofreram pelo adiamento e pela quebra de orçamento perdem também o lucro advindo dos ingressos. O COI ainda não definiu como vai ser a restituição do valor aos que já compraram os ingressos, assim como as empresas não definiram se vão manter o patrocínio.
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