Uma pesquisa, realizada pelo Instituto Orbis entre os dias 7 e 8 de julho, para saber as intenções de votos dos eleitores do país para a próxima eleição para presidente da República, em 2022, revelou que 35,7% dos brasileiros votariam em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 33,5%, em Jair Bolsonaro (sem partido).
A pesquisa mostrou ainda que 8% votariam no ex-juiz Sérgio Moro, 6,8% escolheriam Ciro Gomes (PDT) para a Presidência, 3,1%, o atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB), 2,5% votariam no ex-ministro da saúde Henrique Mandetta (DEM). Votariam em branco ou nulo 4,5% dos brasileiros e 5,9% não soube responder.
Entre as mulheres, 38,6% votariam em Lula e 28,9%, em Bolsonaro. Já entre os homens, 31,6% escolheriam Lula e 39,6%, Bolsonaro.
A pesquisa também indica que 43,9% de jovens entre 16 e 19 votariam em Lula. Com essa mesma faixa etária, 24% escolheriam Bolsonaro. Entre os eleitores de 20 a 35 anos, Lula e Bolsonaro têm empate técnico com 35,2% e 35,4%, respectivamente.
Já entre os eleitores da faixa etária dos 36 aos 65 anos, Bolsonaro seria eleito por 36% dos eleitores e Lula, por 35%. Por fim, entre os votantes acima dos 66 anos, Lula venceria com 29,3%. Bolsonaro tem 26,6% da preferência nessa faixa etária.
No recorte por renda, Lula tem a preferência entre os eleitores com salário até R$ 1.045, com 44% do eleitorado contra 23% para Bolsonaro. Nas demais faixas salarias, Bolsonaro tem a preferência dos eleitores. Entre votantes com renda entre R$ 1.045 e R$ 2 mil, Bolsonaro têm 37% da preferência contra 34% de Lula. Na faixa entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, o atual presidente lidera com 36% e o petista com 33%. Entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, Bolsonaro tem 39% contra 27% de Lula.
Entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, Bolsonaro é preferido por 34% dos eleitores contra 27% de Lula. Por fim, entre pessoas que ganham mais de R$ 15 mil, Bolsonaro tem a preferência de 48% e Lula, por 21%.
No recorte por região, a pesquisa demonstra que no Centro-Oeste, Norte e Sul, Bolsonaro lidera as intenções de voto com 41,7%, 37,8% e 44,4%, respectivamente. Já nas regiões Nordeste e Sudeste, Lula é o preferido por 43,4% e 34,6% dos votantes.
Segundo o levantamento, não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum 49,8% de eleitores e não votariam em Lula de jeito nenhum, 36,4%. O percentual de rejeição dos demais candidatos é de 3,3% para João Doria, 2,2% para Sergio Moro, 2,1% no caso de Ciro, 1,4% para Mandetta, 1% votaria em qualquer candidato e 3,8% não soube responder.
O índice de rejeição por sexo mostra que, entre as mulheres, 53,8% não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro e 31,6% em Lula. Entre os homens, não votariam em Lula 44,3% e 42,9% em Bolsonaro.
O instituto também perguntou para diferentes faixas etárias em qual candidato não votariam de jeito nenhum. Entre 16 e 19 anos, não votariam em Bolsonaro 56,4% e 29,1% em Lula. Dos 20 aos 35 anos, não escolheriam Bolsonaro 51,3% e 37%, Lula. Entre os 36 e 65 anos, não votariam em Bolsonaro 47,9% e 39,3% em Lula. Por fim, acima dos 66 anos, não escolheriam Bolsonaro, 42,6% e 30,9%, Lula.
O recorte por renda mostra que não votariam em Bolsonaro 56% das pessoas com salário até R$ 1.045, 47% com renda entre R$ 1.045 e R$ 2 mil, 49% dos votantes com salário entre R$ 2 mil e R$ 5 mil. Entre os que ganham de R$ 5 mil a R$ 10 mil, 48% não votaria em Bolsonaro. Entre os eleitores com renda de R$ 10 mil a R$ 15 mil, o índice de rejeição a Bolsonaro cai para 44%. No caso dos eleitores que ganham acima de R$ 15 mil esse índice de rejeição é de 42%.
Já o indice de rejeição do candidato Lula é de 26% entre pessoas com renda até R$ 1.045. Na faixa dos R$ 1.045 a R$ 2 mil, 38% não votariam no candidato do PT de jeito nenhum, 41% dos eleitores que ganham de R$ 2 mil a R$ 5 mil não votariam no ex-presidente. Entre os votantes que recebem entre R$ 5 mil e 10 mil, 44% não votaria mem Lula, 46% das pessoas com salários entre R$ 10 mil e R$ 15 mil não votaria no petista e, por fim, não escolheriam Lula metade dos eleitores que ganham acima de R$ 15 mil.
A pesquisa mostrou também a rejeição dos candidatos por região. No Centro-Oeste, Bolsonaro é rejeitado por 42,6% dos eleitores contra 41,9% de Lula. No Nordeste, 54,2% não votariam de jeito algum em Bolsonaro. Em Lula, 32,5% não votariam naquela região. No Norte, a rejeição de Bolsonaro é de 46,2% e de Lula, 39,1%. No Sudeste, 51,5% não votariam em Bolsonaro e 33,1% não escolheriam Lula. No Sul, a rejeição de Lula é maior: são 52,5% que não escolheriam o petista. Rejeitam Bolsonaro 39,8% nos estados sulistas.
Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Lula venceria com 46,8% das intenções de voto contra 38,9% para Bolsonaro, 11,4% votariam branco ou nulo e 2,9% não soube responder.
No recorte por sexo, o levantamento mostra que 51,1% das mulheres votariam em Lula e 34% votariam em Bolsonaro, 11,3% das mulheres votariam branco ou nulo e 3,6% não soube responder. Entre os homens, 40,9% votariam em Lula e 45,5% em Bolsonaro, 11,6% branco ou nulo e 2% não soube responder.
Na divisão por faixa etária, a pesquisa mostrou que, entre os 16 e 19 anos, 57,7% escolheriam Lula e 29,9% Bolsonaro. Entre as pessoas de 20 a 35 anos, 46,7% votariam em Lula e 40,3% em Bolsonaro. Entre os eleitores com 36 e 65 anos, 45% escolheriam Lula e 41,3% Bolsonaro. Por fim, entre os eleitores com mais de 66 anos, 40,8% votariam em Lula e 34,2% em Bolsonaro.
A pesquisa também revelou o cenário de um eventual segundo turno entre os candidatos por renda. Na primeira faixa salarial (até R$ 1.045), votariam em Lula 58% contra 27% de eleitores de Bolsonaro. Escolheriam Lula 44% dos eleitores com salário entre R$ 1.045 e R$ 2 mil e 42%, Bolsonaro. Os candidatos ficam empatatos com 43% das intenções de votos entre eleitores com renda entre R$ 2 mil e R$ 5 mil.
Já na faixa salarial de R$ 5 mil a R$ 10 mil, Bolsonaro é preferido entre 44% dos eleitores contra 41% de preferência para Lula. Para quem ganha entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, Bolsonaro tem 43% das intenções de voto e Lula, 39%. Entre os votantes com renda acima de R$ 15 mil, Bolsonaro reúne 52% das intenções de voto contra 33% de Lula.
Em um segundo turno, o recorte por região revela que Lula teria 37,8% contra 47,8% de Bolsonaro no Centro-Oeste. No Nordeste, reduto eleitoral do petista, Lula têm 53,1% das intenções de voto contra 34,2% para Bolsonaro. No Norte, Lula tem 43,5% contra 44% de Bolsonaro. No Sudeste, Lula reúne 48,6% das intenções de voto e Bolsonaro, 35,6%. E no Sul, Bolsonaro tem 51,9% da preferência contra 32,3% para Lula.
A pesquisa do instituto Orbis também questionou os eleitores sobre a instauração de um processo de impeachment contra o atual presidente, Jair Bolsonaro. O levantamento mostrou que 49% é a favor da interrupção do mandato e 44,4% contra, 6,6% não soube responder.
Entre as mulheres, 52,7% são favoráveis ao impeachment e 39,1% são contrárias, 8,2% não soube responder. Entre homens, 43,9% são favoráveis ao impedimento do presidente e 51,6% são contrários, 4,5% não soube responder.
Entre os jovens da faixa etária dos 16 aos 19 anos, 59,1% é favorável ao impedimento e 34,3% contrária, 6,6% não soube responder. Já entre pessoas de 20 a 35 anos, 49,4% se diz favorável a instauração do processo e 45,8%, contrária, 4,8% não sabe responder. Na faixa dos 36 a 65 anos, 46,9% é favorável ao impeachment e 46,3%, contrária. Nesta faixa, 6,8% não sabe responder. Por fim, acima dos 66 anos, 42,3% é a favor da instauração do impedimento e 43,8%, contrária.
Entre quem recebe até R$ 1.045, 54% é a favor e 34% contra o impeachment, 12% não sabe responder. Na faixa salarial de R$ 1.045 e R$ 2 mil, 46% se mostrou favorável a interrupção do mandato presencial e 49% contrária, 5% não soube responder. Para os que ganham entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, 49% são favoráveis e 47% contrários, 4% não sabe responder.
Na faixa salarial de R$ 5 mil a R$ 10 mil, 48% querem o impedimento e 47% não querem, 5% não soube responder. Entre os eleitores que ganham de R$ 10 mil a R$ 15 mil, o percentual a favor e contra o impeachment é o mesmo: 49% e 2% não soube responder. Finalmente, entre as pessoas que ganham mais de R$ 15 mil, 41% querem a instauração do processo de impeachment e 57% não querem.
O desejo da instauração de um proceso de impeachment também varia por região. No Centro-Oeste 36% é a favor e 53,7% contra, 10,3% não soube responder. No Nordeste, 51,5% são a favor do processo e 41,9% contrários, 6,6% não soube responder. No Norte, defendem a interrupção do mandato 48% e refutam o impedimento 47,5%. Nessa região, 4,5% não soube responder.
No Sudeste, 52,3% são a favor do impeachment e 41,1% é contra, 6,6% não soube responder. No Sul, 53,1% são contrários ao impedimento do presidente e 40,9% favoráveis.
Na pesquisa foram ouvidas 2.992 pessoas. O levantamento foi realizado entre os dias 7 e 8 de julho em todo o território nacional. A margem de erro da pesquisa é de 1,8% com 95% de confiança
R7