Em 1998, Rodrigo Spinola começou a graduação na UNIFACS. 15 anos depois, em 2013, ele voltou à instituição, agora como professor do programa de Engenharia de Sistemas e Computação. Graças a um consistente trabalho como pesquisador na área de Engenharia de Software, recentemente Rodrigo se destacou em um ranking promovido pelo Journal of Systems and Software, que classificou os 10 pesquisadores de maior impacto na área de Engenharia de Software, sendo o único brasileiro na categoria intermediária.
O ranking mediu, entre 2013 e 2020, a produção dos pesquisadores na área de Engenharia de Software. Os critérios envolveram tanto as publicações próprias quanto citações por outros pesquisadores. “Com o tempo você acaba sendo conhecido na área. Tenho uma média de 10 a 12 artigos publicados por ano. Isso acaba trazendo visibilidade para o grupo. Outro fator que colabora para isso é que eu trabalho com pessoas do mundo todo; isso facilita o diálogo com a comunidade científica. Hoje o principal projeto do grupo envolve pesquisadores de 12 países diferentes, entre pesquisadores e alunos de doutorado”, comenta o professor Rodrigo.
Pesquisa
A área em que Rodrigo se especializou e desenvolve seus projetos de pesquisa hoje é chamada de Dívida Técnica em Desenvolvimento de Software, ou seja, avaliação da qualidade interna dos softwares para facilitar o seu desenvolvimento ao longo do tempo. Ele explica:
“Imagine um código (conjunto de instruções) que o programador escreve para que um aplicativo funcione. Ele pode estar bem escrito ou ser uma gambiarra. Agora imagine que você trabalha com desenvolvimento e precise fazer uma evolução desse código, qual será mais fácil de trabalhar? O que está bem estruturado, evidentemente”, afirma.
“Olhamos para as atividades para entender aquelas que não foram desenvolvidas da forma como deveriam e que tipo de benefício ou malefício que aquilo traz. Atalhos que são tomados no desenvolvimento dos softwares trazem um benefício no curto prazo, mas futuramente isso pode trazer problemas. Trabalho analisando a relação desse custo-benefício para que as atividades futuras de desenvolvimento não sejam prejudicadas”, elucida o Rodrigo.
Satisfação
Hoje, Rodrigo encontra no seu trabalho uma satisfação que jamais imaginou quando iniciou a graduação. “Eu tinha certeza de que não queria ser professor. Eu sou um pouco fechado, não sou extrovertido. Acabou que eu fui gostando da área de pesquisa e tudo aconteceu gradualmente”, relembra. Seu primeiro contato com a Engenharia de Software aconteceu no final do curso de graduação que ele fez na UNIFACS, e a especialização na área se consolidou durante o mestrado e o doutorado.
Agora, ele passa adiante o conhecimento que recebeu e sente satisfação em ver o progresso dos seus alunos. “Ajudar outras pessoas a alcançar o objetivo delas é a principal satisfação que temos como professores. Ver que estamos fazendo diferença na vida das pessoas”, acredita. “Tenho uma aluna que terminou o doutorado ano passado. Ela foi minha aluna na iniciação científica, fez mestrado comigo, depois o doutorado. Estou certo de que fiz diferença na vida dela e sei que ela vai fazer a diferença na vida de outras pessoas. Isso é muito gratificante”, declara.