O Teatro Molière (Aliança Francesa) abre as suas cortinas para o público presencial, 40 pessoas por sessão, no dia 18 de setembro (sábado), com o espetáculo “Quixeramobim”, uma incursão-solo inédita do ator baiano Ricardo Castro. A proposta da montagem é aprofundar a linha tênue que separa/mescla realidade e ficção, a partir da história de amor de um pai por sua filha, cuja vida é povoada por grandes e icônicas personalidades nordestinas. O espetáculo poderá ser visto até o dia 30 de outubro, sempre aos sábados, às 17h, inaugurando um novo horário de teatro para o público adulto de Salvador. Com essa montagem, o Teatro Molière inaugura também a primeira temporada de peças de teatro na sua nova gestão, a cargo da atriz, escritora e produtora Maria Prado de Oliveira (Luminosa Produções Artísticas). Ingressos e informações: 71 999212368 (WhatsApp).
A ideia inicial de “Quixeramobim” era ser uma comédia, escrita por encomenda para uma amiga de Ricardo Castro, atriz, mas uma notícia real ocorrida na cidade cearense de Quixeramobim, que só será revelada ao público durante o espetáculo, mudou completamente o rumo da montagem, que passou a conter elementos mais poéticos, dramáticos e sociais. Na trajetória do ator, esse é o seu sétimo espetáculo solo, dentro do projeto Solo Fértil, que vem conduzindo desde 1999, com a estreia de R$1,99.
Um ator, mil possibilidades
Da mesma forma que em “R$1,99”, “Quixeramobim” segue o formato-base da sua Companhia de um Homem Só: o ator cria e executa todas as funções criativas de um espetáculo teatral, do texto à atuação, passando pela direção, iluminação, cenografia, figurino, maquiagem, trilha sonora e produção.
A cenografia, assim como o figurino, tem influência das xilogravuras que ilustram os cordéis vendidos em feiras populares do Nordeste, e da obra do pintor Alfredo Volpi, que se destaca por suas paisagens e temas populares e religiosos. A trilha sonora tem como ponto central as composições de Fausto Nilo, filho de Quixeramobim, assim como o beato revolucionário Antônio Conselheiro.
Além da alegria de voltar aos palcos, com direto a uma plateia de “carne e osso”, ainda que cumprindo todos os protocolos sanitários, Ricardo Castro destaca o fato de estar inaugurando, com seu espetáculo, a programação presencial do Teatro Molière em sua nova gestão: “É um misto de honra, prazer, gratidão e compromisso com a excelência do meu ofício. Tenho certeza que será uma gestão bem-sucedida, e com programação diversa e de qualidade, como todos os projetos da Luminosa Produções Artísticas”, aposta.
– Mais que ansioso, me vejo faminto, sedento por esse encontro presencial, sem o qual o teatro não se estabelece. Tudo o que fizemos online, nas lives e transmissões durante a pandemia, é uma outra linguagem. Teatro só é teatro de verdade, se for presencial, observa o ator.
Também presencial é o curso que Ricardo Castro já iniciou no Teatro Molière, como seu primeiro artista residente nessa nova fase da casa. São 12 encontros de três horas cada um, em turma com número limitado de participantes e com todos os cuidados relacionados à pandemia, onde o aluno escolherá seu tema, escreve seu texto, decide a direção cênica, cria iluminação, figurinos e cenários. “O que vou trocar com os alunos é justamente o método que venho desenvolvendo na minha companhia desde 1999, e que é o mesmo de Quixeramobim”, diz o artista. No final do processo, em dezembro, haverá uma mostra, no próprio Teatro Molière, com o resultado do trabalho.
Serviço
“Quixeramobim” – Um espetáculo de Ricardo Castro
Período: 18 de setembro a 30 de outubro (sábados)
Horário: 17h
Ingressos: R$50 (inteira) e R$25 (meia)
Local: Teatro Molière (Aliança Francesa)
Endereço: Av. Sete de Setembro, 401, Ladeira da Barra
OBS.
– Plateia limitada a 40 pessoas por sessão.
– Todas as pessoas do público deverão usar máscaras e apresentar comprovante da vacina contra a Covid-19.
– Antes da entrada no Teatro, a temperatura será aferida.