Um dos homens que foi preso no desdobramento da Operação Cangalha, nesta sexta-feira (1º), é suspeito de ter matado o estudante de radiologia Luiz Carlos Mendes Júnior, em uma escadaria na região da Avenida San Martin, em Salvador, no mês de agosto.
A informação foi divulgada pelo delegado Odair Carneiro, que é coordenador do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). O nome do suspeito ainda não foi divulgado.
“Estava ocorrendo uma briga de uma facção com outra e eles resolveram atirar no rapaz, estudante de radiologia. Indivíduos já conhecidos, têm mandados de prisão”, disse o delegado Odair Carneiro.
Na época, a Polícia Militar informou que ele não tinha envolvimento com tráfico de drogas, mas que foi morto por ser amigo de um traficante rival do atirador. A família contestou veementemente a informação.
“Meu filho não tem envolvimento com nenhum marginal. Eu quero saber, de quem está trazendo essa informação, se um jovem negro, que mora na favela, onde a criminalidade é assustadora, vai passar sem dizer “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite” e, que isso, pode ser associado a amizade?”, questionou o pai do estudante.
Luiz Carlos levava o mesmo nome do pai, que questionou a suspeita da morte ser associada com a amizade do filho entre traficante.
“Querem manchar a biografia do meu filho. Ele era um jovem que tinha o propósito de ser radiologista e foi exterminado de forma abrupta, e depois ainda ter sua imagem associada a criminosos. Isso é um absurdo. Em que país nós estamos? Onde nós vamos chegar? O que a sociedade está querendo?”.
O corpo de Luiz Carlos foi enterrado no dia 25 de agosto, sob forte comoção, no Cemitério da Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas.
G1