Anunciada para esta segunda-feira (1º), a paralisação dos caminhoneiros não provocou nenhum ponto de bloqueio nas estradas, segundo o Ministério da Infraestutura. Porém, líderes da categoria afirmam que a greve está acontecendo, mesmo sem interrupção das vias.
Segundo a pasta, não havia nenhum bloqueio de rodovia, parcial ou total, por volta das 9h. O ministério também informou que tentativas de bloqueio estão sendo dispersadas pela Polícia Rodoviária Federal. A principal reclamação da categoria é a alta nos preços dos combustíveis, que subiu mais de 34% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA-15.
Em vídeo enviado ao Uol, o diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), Carlos Alberto Litti Dahmer, mostrou o movimento de caminhões na BR-285, no trevo em Ijuí (RS), com a ERS-342, por volta das 6h da manhã e garantiu que a categoria aderiu ao protesto.
“Movimento tranquilo. A categoria apoiou, ficou em casa e não está rodando. Este trajeto tem mais de 7.000 veículos diários. A coisa pegou, porque não dá mais para suportar. Os caminhões que ainda estão rodando, em sua minoria, ao chegarem aqui são convidados democraticamente a aderirem ao movimento”, afirmou.
A CNTTL, a Abrava e a CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas) foram proibidas pela Justiça em 20 estados de fazerem bloqueios em estradas e rodovias federais. A medida também vale para portos e refinarias, como o Porto de Santos (SP) e o Porto de Suape (PE).
A União conseguiu 29 liminares impedindo o bloqueio em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rondônia, Amazonas, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Piauí e Bahia. As multas podem chegar a R$ 1 milhão por pessoa jurídica que apoiar a paralisação nas estradas.
Bahia Notícias