Com a chegada do mês de novembro, as atenções se voltam para o Dia Nacional de Combate à Tuberculose, comemorado no dia 17. Isso porque a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas do corpo humano.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a doença é um sério problema de saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos, e cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.
De acordo com a pneumologista Dra. Larissa Voss, nos casos de tuberculose, a tosse é um dos sinais mais comuns da doença, que apresenta sintomas muito parecidos com a pneumonia, o que pode causar confusão no momento do diagnóstico.
“A tuberculose acontece por uma única bactéria, a Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch, sendo altamente contagiosa, propagada de forma aérea. A contaminação ocorre a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse de pessoas com a doença ativa, que lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos”, afirma a especialista.
Por isso, para se obter um diagnóstico correto, é importante considerar o tempo que os sintomas levam para se agravar. “No caso da tuberculose, os sintomas podem demorar até mesmo semanas para que o quadro piore e necessite de ajuda médica”, explica Dra. Larissa Voss.
Diagnóstico
A baciloscopia direta do escarro é o método principal de diagnóstico da doença. Ela é também essencial para o controle de tratamento da tuberculose pulmonar por permitir a descoberta das fontes de infecção.
“O diagnóstico também pode ser feito através de teste rápido molecular para tuberculose, cultura para micobactéria, e de forma complementar, por imagem, por meio da radiografia do tórax”, aponta a especialista.
No entanto, a Dra. Larissa explica que a identificação da doença se torna mais difícil principalmente em pacientes diabéticos, com insuficiência renal crônica, idosos, pessoas com problemas hepáticos ou portadores do vírus HIV, pois podem apresentar quadros atípicos, tornando mais difícil o diagnóstico.
“Em alguns casos, o diagnóstico clínico pode ser considerado, na impossibilidade de se comprovar a tuberculose por meio de exames laboratoriais. Nestes casos, deve ser associado aos sinais e sintomas o resultado de outros exames complementares, como de imagem e histológicos”, explica Dra. Larissa.