No Zoológico de Buin, nos arredores de Santiago, a capital chilena, um veterinário com uma máscara listrada de tigre administra uma vacina experimental contra covid-19 em um tigre, enquanto outro funcionário alimenta o animal com pedaços de carne crua, por meio de um par de pinças longas.
O Zoo Buin, como outros no mundo, busca manter seus animais protegidos do novo coronavírus, e está administrando uma fórmula experimental doada pela empresa global de saúde animal Zoetis aos seus dez animais mais suscetíveis, disse o diretor do zoológico, Ignacio Idalsoaga.
Na segunda-feira (13), leões, tigres, pumas e até um orangotango receberam a vacina.
“Estamos usando uma vacina experimental que produzirá resultados de curto prazo, que nos permitirão desenvolver uma vacina que não está no mercado hoje”, disse Idalsoaga.
“Estas são as primeiras doses produzidas em todo o mundo, o que permitirá a precisão científica e, posteriormente, a produção em massa para proteger todos os animais desse vírus mortal em zoológicos como o nosso.”
O zoológico de Buin começou a procurar maneiras de manter seus animais seguros depois de saber que eles – assim como as pessoas – são suscetíveis ao novo coronavírus.
Depois de conduzir e publicar pesquisas com cães e gatos no ano passado, a Zoetis está testando a vacina em diferentes zoológicos, principalmente nos Estados Unidos (EUA), disse Cristian Dunivicher, técnico em animais da empresa.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, o risco de os animais transmitirem o coronavírus para as pessoas é baixo, mas o vírus pode se espalhar de pessoas para animais durante o contato próximo.
Agência Brasil