A cidade chinesa de Xian endureceu as restrições à circulação dentro de seus limites nesta segunda-feira (27), quando iniciou uma nova rodada de exames no quinto dia de um lockdown de seus 13 milhões de habitantes.
Xian relatou 150 casos novos sintomáticos do novo coronavírus no domingo, uma ligeira queda em relação aos 155 do dia anterior, e autoridades alertaram que pessoas que desobedecerem as regras de circulação ou de exames podem enfrentar detenção e multas.
O número de casos de Xian continua minúsculo quando comparado ao de muitos focos em outros países, mas autoridades impuseram restrições rigorosas à circulação para quem está na cidade e de partida, alinhando-se a uma iniciativa do governo para conter surtos de imediato.
Autoridades não anunciaram nenhuma infecção pela variante Ômicron do novo coronavírus entre os 635 casos confirmados em Xian entre 9 e 26 de dezembro. A China só detectou um punhado de infecções pela Ômicron em viajantes estrangeiros e no sul do país.
Nacionalmente, a China relatou 162 casos sintomáticos no domingo, mais do que os 158 do dia anterior. A cifra é a maior desde que o boletim diário oficial começou a classificar portadores assintomáticos separadamente no final de março do ano passado.
Desde a semana passada, os moradores de Xian não podem deixar a cidade sem permissão de seus empregadores ou das autoridades.
A partir desta segunda-feira, nenhum veículo pode circular pelas ruas, a não ser para controle do vírus ou para fins de subsistência. Os violadores podem ser submetidos a até 10 dias de detenção policial e multas de 500 iuanes (78,48 dólares).
Também nesta segunda-feira, a cidade instruiu os moradores a não saírem de casa a menos que estejam fornecendo amostras para uma nova rodada municipal de exames. Pessoas de áreas sob risco menor poderão sair para comprar itens necessários se tiverem exames negativos, disse o governo municipal.
As pessoas que se recusarem a seguir as regras durante a realização de exames, que incluem ficar a 1 metro de distância uma das outras nas filas, também estão sujeitas a detenção e multas, informou a polícia.
Xian ainda lançou uma campanha de desinfecção de âmbito municipal, acionado agentes que borrifam soluções que matam patógenos em ruas e edifícios.
Dongyan Jin, virologista da Universidade de Hong Kong, disse que a desinfecção em massa de áreas e superfícies ao ar livre parece desnecessária, dado o risco baixo de pessoas contraírem covid-19 neste locais com tão poucas pessoas fora de casa.
Agência Brasil