A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) está lançando nesta terça-feira (25), às 15h, através do streaming Youtube/SEIBAHIA a terceira edição da publicação Recortes Sociais. O novo volume tem como título “Perfil da monoparentalidade feminina na Bahia: atualizações e novas temáticas” e busca caracterizar as famílias chefiadas por mulheres, na presença de filha(s) e/ou filho(s) e ausência de companheiro. A partir dos dados do Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico), o estudo descreve a situação socioeconômica dessas famílias, considerando os aspectos relacionados à demografia, educação, ocupação e condições de moradia.
As famílias monoparentais femininas na Bahia representam 34,9% (960.763) do total de famílias cadastradas no CadÚnico. O perfil das chefas é formado, majoritariamente, por mulheres que se autodeclararam negras (89,4%), com idade entre 25 a 49 anos (75,1%), que cursaram até o ensino fundamental completo (55,3%) e, entre as que declararam ter alguma ocupação fora dos lares, trabalham por conta própria (69,6%). Predominam as famílias em situação de extrema pobreza, com renda per capita familiar mensal de até R$ 89,00 (74,5%).
O atual contexto de crise econômica, acentuado pela pandemia da covid-19, motivou a necessidade de olhar para as famílias mais vulneráveis. Entre os tipos de arranjos familiares, aqueles lares chefiados por mulheres foram os mais afetados. As discussões apresentadas no estudo revelam a necessidade de políticas que promovam a melhoria das variáveis que colocam essas famílias em condição de maior vulnerabilidade, possibilitando melhores condições de vida para elas e para as gerações futuras.