Especialista da Rede SiM indica o uso de máscaras, respeito às medidas de segurança e vacinação como principais estratégias para proteger a população
O ano de 2022 começou com registros de covid-19 e gripe em alta em todo o Brasil. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) desta terça-feira (25), foram registrados 21.635 casos ativos de Covid-19, o maior desde 6 de março de 2021, além de 54 mortes de pacientes com cepa H3N2 da influenza e 15 casos de flurona, que são pessoas com dupla contaminação, ou seja, com covid e gripe ao mesmo tempo. De acordo com a médica clínica da Rede SiM, Dra. Rosianne Picanco Teixeira, o aumento de novas ocorrências da pandemia de covid-19 em conjunto com o surto de influenza pode confundir a identificação de novos casos. “São duas doenças virais que comprometem o sistema respiratório e têm sintomas semelhantes. A infecção pelo H3N2 tem aumentado exponencialmente as hospitalizações e também já sabemos que a covid-19 manifesta sintomas que mudam com o tempo, conforme surgem novas variantes”, explica Rosianne.
Para ajudar a diferenciar uma gripe de uma infecção pelo novo coronavírus, o primeiro passo é conhecer os sintomas de cada enfermidade. Segundo a médica, os sintomas clássicos da gripe são febre súbita, tosse forte que na maioria das vezes é seca, dor de cabeça, dores musculares e articulares, mal-estar, dor de garganta e coriza. “Apesar dos sintomas serem os mesmos, no caso do H3N2 há um risco maior de causar casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em idosos e imunocomprometidos”.
Já em relação à covid-19, após o surgimento das variantes, os sintomas clássicos sofreram mudanças. “Os sintomas mais comuns da doença para a variante delta passaram a ser febre, tosse persistente, coriza, espirros e dor de cabeça e garganta, que são características semelhantes à gripe sazonal. A perda de paladar e de olfato deixou de ser relatada. E as infecções pela variante ômicron indicam outro padrão sintomático: dores pelo corpo, dor de cabeça, dor de garganta e, principalmente, um cansaço extremo”, descreve a médica.
Ainda assim, Rosianne explica que é difícil identificar corretamente o problema sem a ajuda de um especialista. “Fazer o diagnóstico correto é crucial para garantir o tratamento adequado e a boa recuperação do paciente, além de garantir o isolamento domiciliar dessa pessoa para evitar novas contaminações”. Como parte da equipe da Rede SiM, a médica realiza atendimento virtual de urgência através do aplicativo da rede. Sem a necessidade de agendamento prévio, os pacientes podem solicitar uma consulta que é iniciada em até 10 minutos, de forma prática e rápida, sem sair de casa.
O aumento de novos casos de ambas as doenças, sobretudo do surto de gripe, considerado fora de época, é atribuído ao aumento de eventos, viagens e festas de fim de ano diante de novas etapas de flexibilização das medidas de proteção e maior disponibilidade das pessoas, além do relaxamento no uso de máscaras. “As máscaras protegem tanto contra influenza quanto contra o SARS-CoV-2”, destaca a médica que também reforça que é preciso evitar aglomerações nesse momento crítico e seguir o calendário de vacinação. Até o momento, em Salvador, mais de 202 mil pessoas ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19 e mais de 461 mil ainda não compareceram para a dose de reforço.