Um ônibus que fazia o transporte de rodoviários para as garagens de Salvador foi assaltado na Avenida Afrânio Peixoto, mais conhecida como Suburbana, por volta das 3h30 desta segunda-feira (25). O crime aconteceu na região de Santa Luzia do Lobato.
Segundo os rodoviários, este é um ponto onde normalmente outras ocorrências de assalto a coletivos são registradas, porque há dois redutores de velocidade, que facilitam o trabalho dos criminosos, já que os motoristas precisam frear para passar.
Ao todo, oito rodoviários foram assaltados. Um deles já tinha sido alvo de bandidos na semana passada, na quarta-feira (20).
“Infelizmente, ainda estou um pouco assustado com a maneira que os assaltantes agem dentro do coletivo, causando pânico e terror, com os colegas. Fora isso, a gente tem que agradecer a Deus pelas nossas vidas. É um transtorno geral. Quarta-feira eu fui assaltado, levaram meus pertences, levaram tudo. Eles agem com muita truculência, dizendo que vão dar tiros, que vão matar. Infelizmente é o nosso dia a dia”, contou o rodoviário, que teve identidade preservada.
“Eu levanto todos os dias às 2h10 da madrugada, e pego o carro [ônibus] 3h. Daí já começa a minha rotina de pânico, porque eu só chego na garagem 3h40”.
O trabalhador deu detalhes de como os criminosos agiram no local. Até a publicação desta reportagem, nenhum deles havia sido preso.
“Foram quatro elementos, nas imediações de uma padaria, no segundo redutor de velocidade. Eles saíram do beco e o motorista automaticamente tem que parar, porque se passar com o carro direto eles dão tiros e esses tiros podem atingir algum colega. Então ele preferiu parar o veículo. Eles entraram fazendo o arrastão, dando tapas na cabeça dos colegas, dizendo que ia dar tiros, aquele pânico geral. Eu peço, a quem é de direito que, pelo amor de Deus, tirem esse redutor de velocidade dessa Suburbana, principalmente da Santa Luzia”.
“Quando o carro para é que eles agem e causam o pânico todo. Às vezes a polícia está lá, para reprimir esse tipo de ação, mas a polícia tem outros tipos de ocorrências para atender. É na hora que a polícia sai, que eles agem desse jeito com a gente”.
O caso foi registrado no Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc), que vai investigar o crime e identificar os responsáveis.
“Sempre estamos vindo registrar nossas queixas, para que a polícia fique informada e possa agir contra esses marginais. Quando eu vim prestar ocorrência aqui, o policial me mostrou umas fotos e deu para reconhecer dois, e ele falou que eles já estiveram presos e estão soltos novamente”.
G1