O novo Parque Pedra de Xangô, em Cajazeiras, foi o tema central do encontro, realizado na manhã desta segunda-feira (2), com representantes da Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) e principais organizações de combate à intolerância religiosa, na capital baiana. A ação foi realizada na sede do órgão, no Comércio.
Na ocasião, a secretária da Secis, Marcelle Moraes, fez uma apresentação sobre a reforma do espaço e deu detalhes da entrega do novo equipamento público, previsto para acontecer esta semana. “Estamos falando de um monumento sagrado para as religiões de matriz africana, por isso a importância de ouvir os principais interessados na entrega do novo parque Pedra de Xangô, que terão um espaço totalmente revitalizado para manifestação da fé”, adiantou, acrescentando que a Prefeitura de Salvador está à disposição, para dialogar acerca dos principais temas de interesse da comunidade.
O encontro contou com a presença de representantes do Poder Legislativo municipal, da Frente Nacional Makota Valdina, Odara – Instituto da Mulher Negra, Programa Voz do Axé e do Terreiro Vodun Kwe To Zo. Como resultado da reunião, será formada uma comissão que, juntamente com um comitê de trabalho já existente, envolvendo comunidade, movimentos sociais e Secis, discutirá processos de trabalho, envolvendo o funcionamento do parque.
Monumento – Situada na Avenida Assis Valente, no bairro de Fazenda Grande II, em Cajazeiras, a Pedra de Xangô é protegida pela Lei de Preservação do Patrimônio Cultural do Município (8.550/2014), com tombamento realizado pela Prefeitura em maio de 2017, através da Fundação Gregório de Matos (FGM). Através da ação, a Pedra de Xangô se tornou o terceiro monumento protegido pela lei e o primeiro parque de Salvador com nome de orixá, divindade do candomblé e da umbanda.
A proposta para a construção do parque, iniciada em 2019, além de preservar o patrimônio cultural do município, atende a uma mobilização da sociedade civil, especialmente dos estudiosos das questões afro-brasileiras e adeptos das religiões de matriz africana. Uma delas é a pesquisadora e autora do livro “Pedra de Xangô”, Maria Alice Silva, que também esteve presente no encontro desta manhã.
Foto: Ascom/Secis