** O IPCA da RM Salvador em junho (1,24%) mostrou discreta desaceleração frente a maio (1,29%), mas continuou bem acima do nacional (0,67%) e foi, novamente, o mais alto para o mês desde 1995 (quando havia ficado em 3,04%);
** Inflação de junho na RMS foi resultado de aumentos em 8 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, puxados novamente pelos transportes (3,97%), com maior força da gasolina, que teve o maior aumento do país (4,63%);
** Os preços dos alimentos, por sua vez, tiveram uma importante desaceleração média, aumentando 0,39% em junho, na RMS, frente a 0,94% em maio. Houve deflação em produtos como cenoura (-19,94%), batata (-11,72%) e cebola (-5,25%);
** No primeiro semestre de 2022, o IPCA na RM Salvador acumula alta de 6,60%, acima do nacional (5,49%) e o mais alto do país. Nos 12 meses encerrados em junho, o aumento acumulado chega a 13,41%, também maior que o nacional (11,89%) e o 2o mais elevado do país.
Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 1,24% na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Embora tenha mostrado uma discreta desaceleração (aumentou um pouco menos) frente a maio (quando tinha ficado em 1,29%), foi o índice mais elevado do país, bem acima do nacional (0,67%) e a inflação mais alta para um mês de junho, na RMS, em 27 anos, desde os 3,04% registrados em 1995.
Todos os 16 locais pesquisados pelo IBGE para calcular a inflação oficial do Brasil tiveram altas no IPCA, em junho. Os menores índices foram os das RM Belém/PA (0,26%) e Rio de Janeiro/RJ (0,39%) e do município de Goiânia/GO (0,51%).
Com o resultado de junho, o IPCA na RM Salvador acumula alta de 6,60% no primeiro semestre de 2022. Está acima do índice nacional (5,49%) e também é o maior do país.
Nos 12 meses encerrados em junho, a inflação na RM Salvador chega a 13,41%, frente a 12,98% em maio. Continua acima do indicador nacional (11,89%) e se manteve como a segunda mais elevada, abaixo apenas da RM Curitiba/PR (14,24%). Só a RM Belém/PA (9,55%) segue com um IPCA menor do que 10,00% nesse acumulado.
O quadro a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês, no ano e nos 12 meses encerrados em junho de 2022.
Inflação de junho na RMS foi puxada novamente pelos transportes (3,97%), principalmente pela gasolina, que teve o maior aumento do país (4,63%)
Em junho, a inflação oficial na Região Metropolitana de Salvador (1,24%) foi resultado de aumentos nos preços médios em oito dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. Só artigos de residência teve deflação (-0,76%).
Assim como já havia ocorrido em maio, o grupo transportes (3,97%) teve o maior aumento, acima inclusive do registrado naquele mês (2,93%), e foi o que mais puxou a inflação para cima, na RMS. No primeiro semestre, a alta dos transportes chega a 10,44%, ficando abaixo apenas da registrada pelo grupo vestuário (12,52%).
O maior impacto em junho veio novamente dos combustíveis (4,53%), liderados mais uma vez pela gasolina (4,63%). O aumento registrado na RMS foi o maior do país e levou a gasolina a ser de novo o item que individualmente mais contribuiu para o aumento do custo de vida. No primeiro semestre, a gasolina acumula alta de 15,06% na RM Salvador.
Em junho, o etanol (5,60%) e, em menor intensidade, o diesel (2,60%) também seguiram com aumentos importantes.
Além dos combustíveis, os preços do grupo transportes também foram pressionados para cima pelos aumentos nos ônibus urbanos (8,86%, segundo principal impacto individual na alta da inflação), em razão de reajuste anunciado no início de junho; e das passagens aéreas (16,89%), que tiveram o maior aumento dentre as dezenas de produtos e serviços pesquisados na RM Salvador para calcular o IPCA.
Embora tenha registrado apenas o quarto maior aumento, o grupo habitação (0,73%) teve a segunda principal contribuição para a alta da inflação de junho na RMS, por conta do peso importante que tem nas despesas das famílias. Foi puxado com mais força pelo aluguel residencial (2,17%).
Os preços do grupo alimentação e bebidas, por sua vez, tiveram uma importante desaceleração média, aumentando 0,39% em junho, na RM Salvador, bem menos do que em maio (quando a alta havia sido de 0,94%).
Itens importantes na alimentação do dia a dia, e que tiveram aumentos significativos em meses anteriores, mostraram deflação (queda média dos preços) em junho, na RMS, a exemplo da cenoura (-19,94%), a batata-inglesa (-11,72%), a cebola (-5,25%) e o tomate (-4,50%).
Na RM Salvador, INPC foi de 1,22% em junho, também o maior do país e o mais alto para o mês em 27 anos (desde 1995)
Na Região Metropolitana de Salvador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos (até 5 salários mínimos), ficou em 1,22% em junho.
De forma semelhante ao IPCA, o INPC de junho na RM Salvador foi o mais alto entre as 16 áreas pesquisadas e ficou acima do nacional (0,62%). Foi ainda o mais alto para um mês de junho, na RMS, em 27 anos, desde 1995 (3,63%).
No primeiro semestre de 2022, o INPC acumula alta de 7,03% na RM Salvador, maior índice do país e superior ao nacional (5,61%). Também é o mais alto nos 12 meses terminados em junho (13,98%), enquanto o índice nacional está em 11,92%.