Investimentos em exames mais modernos de hemodinâmica devem beneficiar mais de 1.200 pacientes idosos com procedimentos minimamente invasivos
Mais de mil pessoas morrem por dia por doenças cardiovasculares, problemas do coração e de circulação no Brasil. Isso faz com que as doenças cardíacas sejam as causas mais comuns de mortes no país. Segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil, nos primeiros seis meses de 2022, mais de 56 mil pessoas morreram por derrame e outras 52,4 mil por infarto. E as doenças do coração podem ser ainda mais suscetíveis em idosos, já que a cada duas pessoas com mais de 80 anos, ao menos uma é hipertensa – de acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Diante de uma população cada vez mais velha, são necessários procedimentos modernos, rápidos e seguros.
No caso de um infarto, a identificação da localização exata da obstrução e a realização rápida do procedimento mais adequado podem salvar muitas vidas. O serviço de hemodinâmica é uma estrutura fundamental nesse processo de tratamento de doenças cardiovasculares e neurológicas. “Com o avanço da tecnologia e novas técnicas de tratamento é possível realizar intervenções minimamente invasivas em doenças antes apenas tratadas com cirurgias abertas de grande porte”, explica o cardiologista Rômulo Francisco de Almeida Torres, do Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba (PR).
“A agilidade do procedimento e da recuperação impacta diretamente no melhor resultado para a saúde do paciente”, afirma o médico. Dedicados em diagnosticar e tratar doenças de forma certeira, os profissionais da saúde que trabalham na hemodinâmica do hospital paranaense com atendimento 100% SUS reconhecem que o setor é importante, principalmente para o tratamento de pessoas com a idade mais avançada. “Quanto mais idosa a população, mais patologias associadas ao envelhecimento são observadas”, analisa Rômulo.
Investimento em tecnologia
Para oferecer mais segurança aos pacientes idosos com doenças cardíacas, neurológicas e vasculares, um projeto do Hospital Universitário Cajuru deve promover justamente a modernização do setor de hemodinâmica. Com a aquisição de novos equipamentos, a intenção é que 1,2 mil idosos passem a ser beneficiados a cada ano – mas o volume de atendimentos será ainda maior considerando as demais faixas etárias. Para o investimento se tornar realidade, a instituição lança mão de campanhas para captação de R$ 8,7 milhões, a partir do Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa. ”A destinação de valores via percentual de Imposto de Renda devido, seja de pessoa física ou jurídica, é fundamental para darmos sequência ao nosso atendimento humanizado e de qualidade. Dessa forma, o contribuinte consegue escolher onde seu dinheiro será aplicado e tem certeza de que foi em um projeto que realmente beneficia a população”, afirma o diretor-geral do hospital, Juliano Gasparetto.
Além de uma significativa melhoria na assistência, Juliano Gasparetto explica que o novo equipamento e as novas instalações da hemodinâmica irão gerar oportunidades de aprendizado para residentes, estudantes e, também, profissionais que atuam no setor. “Somos uma instituição filantrópica e 100% SUS, atuando com um déficit de cerca de R$ 1,5 milhão ao mês. Por isso, a contribuição da população e de empresas é fundamental para que nosso hospital-escola continue a salvar vidas”, complementa o diretor-geral.
Para mais informações sobre como ajudar o Hospital Universitário Cajuru, o contato pode ser feito pelo telefone (41) 99685-9405 ou pelo e-mail [email protected].