Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o estresse é uma epidemia que atinge cerca de 90% da população mundial e que pode causar uma série de doenças que afetam o organismo. E a pele, o maior órgão, não passa batido desses efeitos negativos. Ter uma vida mais tranquila e saudável é recomendação médica, mas, no entanto, a rotina atribulada impede que grande parte das pessoas o façam. A dermatologista e professora do curso de medicina da UNIFACS, Marília Acioli, explica que os hormônios envolvidos no estresse são principalmente o cortisol e adrenalina, porém outros tipos como a insulina e prolactina também podem sofrer alteração. Como consequência, a pele pode apresentar sinais como: opacidade, erupções cutâneas, envelhecimento acelerado da pele, além de agravar doenças como psoríase e eczema. “Essa explosão de hormônios é necessária para uma resposta rápida a inúmeras situações. Porém, o grande problema é o contexto do estresse crônico, onde existe uma liberação alta e continuada desses hormônios, o que provoca essas alterações no organismo, inclusive na pele e cabelos”, avalia Acioli. Sintomas e Prevenção Rugas finas, perda de elasticidade e turgor são alguns dos problemas de pele ocasionados pelo estresse. Nos cabelos, pode haver o aumento acentuado da queda em todo couro cabeludo, mais percebido nas regiões laterais da cabeça, onde naturalmente há uma densidade menor de cabelos. Buscar uma forma de evitar o estresse é fundamental para o funcionamento do organismo como um todo, já que esse estado interfere diretamente na saúde global do indivíduo, é o que aponta Marília. “Tentar manter uma vida mais saudável, com horas de sono adequadas, alimentação rica em vegetais e sem alimentos processados, são atitudes fundamentais para impedir os danos. Além disso, evitar o fumo, excesso de álcool e redobrar os cuidados com a saúde mental, são fatores extremamente importantes não apenas para manter a pele saudável, mas para se ter uma vida longeva e de qualidade”, orienta a dermatologista. |