Para evidenciar lutas da população negra, o município de Lauro de Freitas dá início a programação da campanha Novembro Negro, nesta sexta-feira (11). As atividades, que fazem parte do tema geral “Revolucionar não é uma escola, é resistência!”, serão promovidas pela Secretaria Municipal de Políticas Afirmativas, Direitos Humanos e Promoção da Igualdade Racial (SEPADHIR).
A plenária de abertura do Novembro Negro, na sexta-feira (11), será realizada no Auditório Abdias do Nascimento, no Centro de Cultura Afro-Brasileira Mãe Mirinha de Portão, a partir das 9h, com uma palestra da Drª Ana Cristina Carvalho, coordenadora Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação. O tema “Reflexões sobre racismo estrutural, institucional, cotas, legislação e crimes” será debatido.
No dia 19/11, a programação traz a Caminhada “A Cor Da Cidade”. Em sua 16ª edição, o ato que promove a reafirmação de identidade e de enfrentamento ao racismo sairá da Praça Oscar Moreira, no bairro de Itinga, às 15h, com percurso até o Largo do Caranguejo.
Já a tradicional Amarração dos Ojás, que representa um pedido de paz, tolerância e respeito às religiões de matrizes africanas, terá concentração no Centro de Cultura Afro-Brasileira Mãe Mirinha de Portão, no dia 21/11, às 17h.
A secretária da Sepadhir, Deize Marize, destaca que o Novembro Negro é um mês importante em todo o país, porque reforça os espaços de reflexões sobre lutas antirracistas, da resistência ao apagamento da cultura afro-brasileira e do combate aos preconceitos. Para ela, é um momento de reafirmar o compromisso de deixar um legado para as gerações que virão.
“Nós que somos herdeiros de uma “história” contada nos livros escolares, onde a partir de um processo de hierarquização fomos colocados nos últimos degraus da sociedade, resultado de mais de 300 anos de escravidão, temos o dever de reescrever a nossa história. Celebrar os nossos valores e os nossos heróis, como Zumbi, Dandara, Abdias do Nascimento, Marielle Franco, Benedita da Silva, Conceição Evaristo, dentre outros”, frisou Deize.
Texto – Laerte Santana