O câncer de próstata representa 29% dos diagnósticos da doença mais comum entre a população masculina do país. Cerca de 1,2 milhão de novos casos e 335 mil óbitos são previstos no mundo pela doença. No Brasil, a estimativa para 2022 é de 66 mil casos novos e cerca de 16 mil mortes, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apesar de ser comum que a doença se desenvolva em homens com mais de 55 anos, com excesso de peso ou obesidade, atualmente, por meio dos mais recentes estudos genéticos sobre a doença, foi identificado que o principal fator de risco é hereditário e ocorre devido a mutações herdadas em genes. Assim, um diagnóstico precoce, feito por meio de teste genético, pode proporcionar um tratamento mais eficaz, menos agressivo e evitar óbitos. Os estudos sobre o câncer hereditário de próstata envolvem não apenas determinar a predisposição ao desenvolvimento da patologia, mas também considerar o tratamento cirúrgico e quimiopro-lático, prevenção do próximo câncer, diagnóstico de risco e adoção de medidas de prevenção aos familiares. “O painel genético é realizado com a intenção de identificar pacientes com risco aumentado de desenvolver câncer de próstata ao longo da vida. Mas, é importante frisar que não exclui a necessidade dos exames de rastreamento do câncer de próstata que são feitos através de avaliação clínica, com a realização do toque retal e da avaliação laboratorial com dosagem de PSA”, alerta a Médica geneticista do DNA Laboratório, Fernanda Oliveira. Testes genéticos contribuem na prevençãoAtravés dos testes é possível identificar variações específicas que foram herdadas e que podem auxiliar os especialistas no diagnóstico precoce, antes mesmo do aparecimento da condição. Além disso, é possível determinar se membros de uma mesma família, sem doença evidente, herdaram a mesma mutação, já que pessoas com alteração genética herdada têm 50% de chance de passar a mutação para cada um dos seus filhos. Embora os genes de suscetibilidade ao câncer de próstata mais comum sejam o BRCA1 e BRCA2, esses novos recursos permitiram a descoberta de vários genes associados que são investigados no exame. Por meio dos painéis, é possível rastrear a síndrome de predisposição hereditária a outros tipos de câncer como o de pele, colorretal, estômago, pâncreas, mama, ovário, útero, tireoide, rins, entre outros. “Essa identificação genética é um avanço para obter resultados mais eficazes em relação ao tratamento. Aqui falamos de medicina individualizada, assim, conhecendo as variantes genéticas presentes no DNA do nosso paciente podemos prever o prognóstico, ou seja, quais indivíduos terão um resultado melhor ou pior e qual intensidade de tratamento é mais indicada para ele. A cada dia são aprovados novos medicamentos desenvolvidos para alguns tipos de câncer, que tem como alvo as alterações específicas nos genes”, esclarece a especialista. Coleta O exame é feito com a coleta de líquido corporal ou tecido, geralmente sangue, mas, também pode ser saliva, células da bochecha, pele ou líquido amniótico. O teste deve ser solicitado por um médico, que ao recolher a amostra vai envia-la para um laboratório especializado em testes genéticos, como é o caso do DNA Laboratório, onde passará por várias etapas até chegar na análise dos dados. O teste é indicado para homens que tenha histórico de pai ou irmãos afetados antes dos 60 anos, grupo que têm um risco de 3 a 10 vezes maior do que os homens sem casos na família. Sobre o DNA Laboratório O DNA é um laboratório de análises clínicas e genética médica com 25 anos de mercado. Atualmente podem ser realizados mais de 2000 exames, envolvendo biologia molecular e diversos testes genéticos, além da realização do exame que detecta a COVID-19. O DNA possui certificações de qualidade como a ISO 9001:2015 e a Acreditação PALC. |