CEO da Youpper Insights, Diego Oliveira pontua que a população de Salvador está cada vez mais racional
Conhecer o perfil das classes de consumo é algo de extrema importância. Quando falamos das classes C e D, é ainda mais necessário e que requer uma atenção maior, principalmente para que as empresas possam compreender os comportamentos dessa camada social e de grande valor para o mercado de bens e serviços em 2023.
De acordo com a pesquisa realizada pela Youpper Insigths – consultoria de inteligência em pesquisa que auxiliar empresas e marcas a criarem diálogos com seus públicos de interesse – , 75% dos consumidores em Salvador das classes C e D acreditam que sua situação financeira para compra de produtos do dia a dia tende a melhorar ao longo de 2023.
Ainda conforme a pesquisa, 60% apostam em novas possibilidades para negociações de dívidas e 90% estão dispostos a experimentar algo novo que traga melhoria para sua família e seu bem estar.
Segundo Diego Oliveira, CEO da Youpper, a população de Salvador está cada vez mais racional, o que reflete no desenvolvimento cultural das classes. “Em 2023 os soteropolitanos estão mais racionais, exigentes, curiosos, ávidos por experiências e mixadores – menos fiéis a marcas e varejos. A tecnologia, antes vista como uma opção, hoje nos abriga assumir que fazemos parte de uma geração que está em construção, ou seja, em formato Beta”, explica.
O publicitário e mestre em comunicação também explica de que forma o consumo das classes C e D podem impactar na construção da cultura na periferia de Salvador. De acordo com ele, basta dar voz a esse público. “É preciso fazer com que sejam ouvidos e que o profissional de marketing comunicação entendam qual a real necessidade emocional e/ou racional ao planejarem uma campanha criativa. Temos muito o que aprender um com o outro. Do outro lado do asfalto e na periferia tem um mundo de conhecimentos humanos a serem aprendidos”, ressalta Diego.
Outro ponto crucial nessa construção se dá pela diversidade e inclusão, fatores que que precisam estar incluídos nas ações empresariais, de forma que essas classes consigam se enxergar. Estamos falando da maior parcela da fatia da pirâmide social econômica brasileira.
Para Diego, as classes C e D, que antes eram consideradas invisíveis, hoje, têm acesso à informação, estão nas redes sociais, sabem dialogar nas redes e estão dispostas a compartilhar suas experiências reais e negativas com a sua rede online e offline. “O cliente dita o tom da comunicação e planejamento a ser atuado/ guiado”, conclui
Ao longo dos últimos anos, o consumidor teve acesso a muitas informações mostrando os seus direitos, novos produtos capazes de atender as necessidades e com um custo abaixo do que estavam acostumados a pagar. O acesso à tecnologia trouxe um olhar mais claro e objetivo por parte do cidadão, isso se aplica também ao cidadão de classes mais populares.