Cada vez mais, o uso de medicamentos injetáveis tem se tornado frequente em diversos tratamentos nas mais distintas áreas. Esse formato de medicação sempre foi muito utilizado em pacientes internados em hospitais, que geralmente fazem o uso de analgésicos, anti-inflamatórios, alguns antibióticos mais potentes. Contudo, hoje em dia, o uso de injetáveis cresce no mundo todo, em áreas estéticas, fisioterapêuticas, entre outras, através da utilização de vitaminas, antioxidantes e hormônios.
Jorge Valente, médico ginecologista, lista uma série de vantagens na utilização de injetáveis no tratamento de pacientes: “A velocidade com que se age numa via injetável é um dos principais fatores na hora do uso de medicamentos, por exemplo, se você vai na emergência com muita dor, ninguém lhe dá um comprimido para dor, normalmente vão lhe aplicar uma injeção no glúteo ou aplicar um remédio no soro. Além disso, os injetáveis não dependem da absorção intestinal, na qual, muitas vezes algumas substâncias têm má absorção podendo provocar efeitos colaterais pela passagem primeira passagem empática, ou seja, a primeira passagem pelo fígado”, pontua.
O médico também explica que há a possibilidade de inserir o maior número de insumos de uma só vez, como por exemplo, no soro, onde muitas vezes o paciente pode ter diferentes vitaminas, antioxidantes e substâncias de acordo com o tratamento específico está fazendo, aumentando a possibilidade de resultados por uma absorção melhor.
Para quem é recomendado o uso de injetáveis?
Dentre os pacientes que mais fazem o uso de injetáveis estão os diagnosticados com disbiose, que é o desequilíbrio na microbiota intestinal, o que pode causar inflamação e levar à diminuição da capacidade do intestino em absorver nutrientes, pacientes no processo de pós-bariátrica e pessoas que precisam de uma ação emergencial daquele medicamento específico.
Para esses pacientes, o uso dessa via de medicação tem gerado inúmeros resultados positivos. “Muitas vezes, um tratamento que você faz uma vez por semana em um total de quatro semanas seria equivalente, por exemplo, há quatro meses tomando cápsulas todos os dias. Outra grande vantagem é a diminuição do risco de o paciente esquecer, pois, quando depende de ele tomar o medicamento oralmente, acaba sendo comum haver o esquecimento do horário prescrito para o uso da medicação”, ressalta Jorge Valente.
No entanto, o médico alerta que nem sempre o uso de injetáveis é o mais recomendado: “Uma pessoa que tem uma boa absorção, uma pessoa que tem um intestino que funciona direito e que não precisa de muitas medicações, acaba tendo a via oral como uma opção totalmente possível, principalmente se ela tiver um ativo que tenha boa absorção”, finaliza.
Formas de realizar a aplicação de injetáveis
Atualmente existem três formas mais comuns para a aplicação de injetáveis, que variam conforme o local da aplicação, são elas:
- Endovenosa: realizada diretamente na veia do paciente e geralmente são realizadas através de soroterapias, onde os medicamentos são administrados diretamente na veia dos pacientes através de soros;
- Intramuscular: com aplicação feita na fibra muscular, gerando uma passagem do medicamento para o sistema circulatório de maneira controlada;
- Subcutânea ou intradérmica: que é mais utilizada no ramo da estética, por meio da aplicação nas imediações dos capilares sanguíneos com a via subcutânea e entre a derme e o tecido subcutâneo através da via intradérmica.
Contudo, é importante lembrar que apenas médicos estão aptos para prescrever aplicações endovenosas e soroterapia, afim de zelar por um tratamento mais eficaz e sem riscos para os pacientes. Já as aplicações de injetáveis por meio de intramusculares, subcutâneas e intradérmicas podem ser solicitadas com prescrições de outros profissionais da área de saúde.