David Crosby, cantor guitarrista dos grupos Byrds e Crosby, Stills, Nash & Young, morreu aos 81 anos, após um “longo período doente”. A informação foi confirmada pela mulher do cantor e guitarrista, Jan Dance, à revista “Variety”.
“É com grande tristeza, depois de uma longo período doente, que nosso amado David (Croz) Crosby morreu. Ele estava cercado de amor por sua mulher e alma gêmea Jan e seu filho Django”, afirmou Jan, em comunicado.
“Por mais que ele não esteja mais conosco aqui, sua humanidade e alma gentil vão continuar a nos guiar e a nos inspirar. Seu legado vai continuar a viver em sua música lendária. Paz, amor e harmonia para todos que conheceram David e aqueles que ele tocou. Ele vai fazer muita falta.”
Crosby foi um artista influente para várias gerações musicais:
- nos anos 1960, os Byrds foram trilha da contracultura e base para o folk-rock e a psicodelia;
- no final dos anos 60 e início dos 70, Crosby, Stills and Nash refletiram e atiçaram o tumulto social e político com seu country rock combativo;
- nos anos 80, 90 e 2000, suas camadas de melodias e harmonias vocais foram referência para artistas do hardcore ao country pop, em especial no rock alternativo, onde Crosby é reverenciado.
O guitarrista, cantor e compositor foi uma das grandes figuras do rock e do folk dos Estados Unidos, principalmente nos anos 1960 e 70, em carreira solo e com os grupos The Byrds e Crosby, Stills, Nash & Young.
Ele entrou nos Byrds em 1964, um ano antes de o grupo estourar com a versão de “Mr. Tambourine Man”, de Bob Dylan, e fez parte de sua formação até 1967. No ano seguinte, ele formou o grupo Crosby, Stills & Nash, que teve eventual participação de Neil Young.
Crosby alternou trabalhos solo e retornos aos grupos originais durante toda a carreira. Entre os maiores sucessos que ele escreveu estão “Lady friend”, “Why” e “Eight miles high”, com os Byrds e “Guinnevere”, “Wooden Ships” e “Almost cut my hair” com Crosby, Stills & Nash.
Seu estilo sempre ficou entre o rock e o folk, e seu violão também tinha influências de jazz. As letras e discursos engajados também eram marcas de David Crosby.
Ele entrou no Hall da Fama do Rock duas vezes, uma com o Byrds e outra com Crosby, Stills & Nash. Como o trio, ganhou o único Grammy de sua carreira, de artista revelação, em 1969.
Formado por Crosby depois de sua passagem pelos Byrds com Stephen Stills, antigo membro do Buffalo Springfield, e Graham Nash, que era do The Hollies, o trio é considerado um dos três primeiros supergrupos do rock.
O primeiro disco, que levava o nome da banda, chegou ao sexto lugar da lista de vendidos dos EUA, com 4 milhões de cópias. O álbum seguinte, “Déjà vu”, já depois da entrada de Neil Young, vendeu 7 milhões de cópias e alcançou o topo das paradas americanas.
G1