O Projeto Novo Mané Dendê tem desenvolvido uma série de ações ambientais e de sustentabilidade no Subúrbio Ferroviário. Nas áreas já inauguradas, foi realizado o plantio de mais de 200 mudas de espécies arbóreas e frutíferas, e até o final do projeto serão plantadas mais de 800 árvores em todo o entorno das áreas beneficiadas. Além disso, a iniciativa está promovendo a requalificação de nascentes que contribuem para a formação do rio Mané Dendê, a primeira nascente com tratamento integrado ao paisagismo foi entregue no último mês de maio.
O Novo Mandé Dendê, comandado pela Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), contempla os bairros Ilha Amarela, Rio Sena, Alto da Terezinha, Itacaranha e Plataforma. O projeto de requalificação está em execução, tendo as principais intervenções nas áreas de infraestrutura, saneamento, habitação, mobilidade, urbanização, meio ambiente e sustentabilidade. Os primeiros trechos da obra já foram entregues à população.
No último dia 24 de maio, educadores ambientais do Programa de Educação Ambiental (PEA) e a comunidade local realizaram, em Ilha Amarela, o plantio de mais 10 mudas. Foram plantadas espécies nativas da Mata Atlântica, como o Ipê, Pau-brasil, Quaresmeira, Oiti, Pau-paraíba, jacarandá. Além de mudas de cajazeira, ingá e cajueiro, dentre outras sugeridas pelos moradores. Ainda este ano, serão plantadas mais de 50 mudas de árvores e arbustos, em Ilha Amarela, além de espécies de forração para embelezamento das praças e áreas verdes.
O objetivo principal do projeto é recuperação do rio Mané Dendê promovendo saúde, proteção do meio ambiente e mais qualidade de vida da população da bacia do rio Mané Dendê. Para tanto, o Projeto foi estruturado para solucionar as questões de saneamento e ambientais que envolvem o rio Mané Dendê – que hoje recebe uma parcela do esgoto doméstico gerado na bacia do rio e resíduos sólidos (lixo) descartados de forma inadequada. Dentre as ações da pauta ambiental, o Novo Mané Dendê tem abordado o tema desde a concepção dos projetos das habitações, dos equipamentos públicos e de urbanização e infraestrutura.
“A conclusão do Novo Mané Dendê contribuirá muito para o desenvolvimento do subúrbio de Salvador. O diferencial deste projeto são as ações de sustentabilidade visando a conversação do meio ambiente, a exemplo do Parque Linear e a recuperação das nascentes”, destacou o Secretário Luiz Carlos de Souza.
Sustentabilidade – Entre as soluções de sustentabilidade previstas nos projeto de habitação e equipamentos públicos (escola, mercado popular, terminal de ônibus, centro cultural e ecopontos) pode-se destacar o aproveitamento da ventilação e iluminação natural; cores com baixo índice de absorção de calor; elementos arquitetônicos para proteção das fachadas poentes (brises); bloco-solo cimento (ecologicamente correto); telhas termo-acústicas, minimizando a transmissão do calor para a parte interna; piso drenante para promover maior permeabilidade do terreno; e dispositivos de descarga com vazão reduzida.
Além de promover a utilização de paredes, muros e tetos verdes, bem como o uso exclusivo de lâmpadas LED e de luminárias eficientes, aproveitamento de água de chuva e da energia solar fotovoltaica. Serão implantados três Ecopontos visando adequar o manejo dos seus resíduos sólidos urbanos. O primeiro equipamento, localizado na Rua Cardeal Jean, no Alto da Terezinha, está com as obras em andamento. Quando entregue, irá atender os moradores dos bairros do Alto da Terezinha, Rio Sena e áreas circunvizinhas.
Educação – O Novo Mané Dendê desenvolve, através do Programa de Educação Ambiental (PEA), uma série de ações de sensibilização ambiental com os moradores dos bairros beneficiados. As atividades do PEA têm como objetivo principal sensibilizar e ampliar o conhecimento ambiental de toda a comunidade da área do Projeto. Por ser um processo contínuo, as ações do PEA são desenvolvidas por meio dos Núcleos Âncoras.
Além dos núcleos âncoras formados por moradores e lideranças da comunidade, existem também os núcleos presentes em seis escolas públicas da região e com os profissionais de saúde, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE), e o de mobilização social das comunidades com vistas a apresentar os equipamentos da rede de ecopontos, e contribuir para a adequação do manejo dos resíduos sólidos na região do Projeto.
Com o núcleo âncora escolar, o objetivo é incluir e manter dentro do projeto político pedagógico, diversas atividades educativas para fomentar a sustentabilidade ambiental entre os alunos e professores. Já na área de saúde, o subprograma colabora na atuação dos ACE´s e ACS´s das Unidades de Saúde da Família (USF) de Ilha Amarela, Alto da Terezinha, Itacaranha e Rio Sena.
“Estamos falando de uma área de aproximadamente 80 hectares, com uma população direta de 10 mil habitantes e outras 35 mil de forma indireta. Os núcleos âncoras nos permite formar multiplicadores nas diversas áreas, disseminando informação e conhecimento sobre o Projeto e os diversos temas que são abrangidos, saneamento, meio ambiente, sustentabilidade e pertencimento”, salientou Danilo Sobrinho, gerente ambiental do projeto.
Foto: Ascom/ Seinfra