O câncer de pulmão é um dos tumores mais comuns no Brasil, sendo o terceiro de maior incidência nos homens e o quarto nas mulheres – sem contar o câncer de pele não melanoma, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Os números de óbitos também são preocupantes, sendo registrados mais de 30 mil mortes pela doença apenas em 2020, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
O Agosto Branco é uma campanha de prevenção e conscientização sobre o câncer de pulmão e busca levar informações sobre os riscos da doença. “O câncer de pulmão frequentemente é diagnosticado em estágios avançados, o que limita as opções de tratamento e reduz as chances de sobrevivência. Por isso a importância de adotarmos medidas realmente efetivas para reduzir os fatores de risco relacionados ao tumor e obter o seu diagnóstico precoce”, opina Ricardo Gassmann Figueiredo, pneumologista e professor de Pneumologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
O principal fator de risco para a doença é o tabagismo, seguido de poluição e exposição à radiação, além de outros. Segundo o especialista, o aumento de casos do tumor atualmente se deve a epidemia de tabagismo que aconteceu nas décadas de 1970 e 1980, uma vez que o câncer de pulmão geralmente se desenvolve após décadas de uso do cigarro. “A diminuição recente do tabagismo pode levar tempo para impactar nas taxas de câncer, devido ao longo período de latência da doença. É crucial entender que ações de combate ao fumo são essenciais, mesmo que os efeitos da redução nos casos de tumor não sejam imediatos”, esclarece Figueiredo.
Sintomas
O câncer de pulmão é uma doença que necessita de alerta, uma vez que ele não costuma apresentar sintomas em seus estágios iniciais, percebidos apenas após a sua disseminação. Além disso, muitos de seus sintomas também aparecem em outras patologias, como tosse, dor no peito e falta de ar. Já nos casos em que a doença se espalha para outros órgãos, é possível que haja a presença de dor nos ossos, alterações no sistema nervoso, mucosa e pele amarelada. Os sintomas mais comuns são:
– Tosse com expectoração mucosa
– Tosse com expectoração com sangue
– Rouquidão
– Perda de apetite
– Perda de peso inexplicada
– Fadiga
– Pneumonias de repetição
Em relação ao tratamento, ele vai exigir uma abordagem multidisciplinar, envolvendo ação de pneumologistas, oncologistas, cirurgiões, radioterapeutas, radiologistas, nutrologia, enfermagem e reabilitação. Nos casos iniciais da doença, o objetivo é priorizar o tratamento cirúrgico com retirada total do tumor para proporcionar maior chance de cura. Técnicas de radioterapia, quimioterapia e imunoterapia podem ser necessárias também. “O tratamento é personalizado, visando maximizar a eficácia e minimizar os efeitos colaterais”, explica o pneumologista.
Diagnóstico por Imagem
Dr. Marcos Vinícius Miranda dos Santos, médico especialista em radiologia e diagnóstico por Imagem e professor de Radiologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), ressalta a importância do Agosto Branco: “Essa campanha é relevante para que o público tenha conhecimento de todos os aspectos relacionados ao câncer de pulmão, se informando tanto sobre a prevenção do câncer, em particular através do controle do tabagismo, bem como sobre o diagnóstico precoce em pacientes de alto risco”.
O diagnóstico definitivo do câncer de pulmão acontece após a biópsia desse tumor. Porém, antes do diagnóstico definitivo, dois exames de imagem habitualmente são utilizados para avaliação do pulmão: o RX do Tórax e a Tomografia Computadorizada do Tórax, sendo que este último é o utilizado no rastreamento do câncer de pulmão.
O professor Marcos Vinícius, que também é Diretor Médico da Clínica de Diagnóstico por Imagem do IHEF, lembra que as chances de cura são maiores se o câncer for diagnosticado ainda em seu estágio inicial. Devido a incidência e mortalidade relacionados ao câncer de pulmão, procura-se fazer detecção precoce de lesões através de rastreamento em pacientes de alto risco. “Paciente acima de 55 anos, tabagista ou que deixou de fumar há menos de 15 anos, mesmo sem sintomas (assintomáticos), deve fazer um exame de rastreamento de câncer”, esclarece o especialista. O rastreamento do câncer é realizado através do exame de Tomografia Computadorizada de Tórax com baixa dose de radiação, sem uso de contraste. A depender do resultado do exame, posteriormente o paciente poderá ser encaminhado para realizar biópsia visando confirmação diagnóstica.
Por sua vez, pacientes que já apresentam sintomas, devem se consultar com médico clínico ou pneumologista que realizará a investigação diagnóstica.
O médico radiologista reforça que, como o tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de pulmão (em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer está associado ao consumo de derivados de tabaco), “a maneira de tentar evitar o surgimento do câncer é não sendo fumante”.
SOBRE O IHEF
O IHEF (Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Feira de Santana), foi fundado em 1983, objetivando proporcionar a todos os pacientes do estado da Bahia, diagnóstico e tratamentos das doenças do sangue. Após anos de atuação, o IHEF expandiu para as áreas de medicina laboratorial, diagnóstico por imagem, medicina nuclear, vacinas e banco de sangue, dando origem ao Sistema de Saúde IHEF, o mais completo serviço de saúde não hospitalar do interior da Bahia.
Desde 2014 é prêmio Top of Mind no segmento laboratorial em Feira de Santana e também vencedor do prêmio Benchmarking Bahia por duas vezes, na categoria Compliance, como o melhor laboratório do interior da Bahia. O IHEF Laboratório possui certificações de qualidade como a ISO 9001 e a Acreditação PALC.