Homens que têm familiares com câncer de mama, entre outros fatores, podem apresentar aumento de risco de desenvolvimento de tumores prostáticos. Variantes em diversos genes que já foram implicados na predisposição hereditária à neoplasia maligna de mama, que é o câncer que causa o maior número de morte de mulheres no Brasil, também podem estar associadas à elevação do risco de tumor maligno da próstata.
Estima-se que até 10% dos homens com diagnóstico para este tipo de câncer, principalmente os que têm tumores de alto risco ou metastáticos, apresentem variantes clinicamente relevantes (antigamente conhecidas como “mutações”) em genes envolvidos no reparo do DNA. Essas alterações hereditárias podem caracterizar aumento de risco de desenvolvimento de neoplasias e podem ser identificadas em pessoas com outros cânceres, como o de mama.
Segundo a geneticista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Rosenelle Araújo, o histórico da doença na família pode indicar a necessidade de uma investigação genética para predisposição hereditária ao câncer de próstata ou outros tipos. “Variantes em diferentes genes podem estar envolvidas no aumento de risco de desenvolver tumores em diversos órgãos. Vários genes que estão associados a neoplasias de mama, como os ATM, BRCA1, BRCA2 e CHEK2, podem também determinar elevação de risco de desenvolvimento de câncer de próstata.”
Câncer colorretal, de ovário e endométrio
Outro exemplo citado pela especialista é a síndrome de Lynch, uma condição hereditária associada aos cânceres colorretal, de ovário e de endométrio, que também pode aumentar o risco para o desenvolvimento do tumor maligno da próstata. “As síndromes de predisposição a câncer geralmente são caracterizadas por um perfil de tumores e, muitas vezes, a avaliação da história pessoal e familiar permite direcionar a investigação para algumas hipóteses específicas. Um mesmo gene pode aumentar o risco de desenvolver tipos diferentes de câncer”, informa.
Ainda conforme a médica, a avaliação completa, por meio de exames de genômica, proporciona benefícios tanto para os pacientes quanto para os familiares. “Compreender as bases moleculares e genéticas de neoplasias pode contribuir para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento personalizado, além de auxiliar no acompanhamento dos familiares”, esclarece a especialista, acrescentando que a herança genética sempre foi um componente fundamental na avaliação do risco de desenvolver certas condições de saúde.
Por isso, ela orienta que é importante que os pacientes informem aos médicos sobre qualquer histórico de câncer na família, durante as consultas de rotina, para que os profissionais possam avaliar a indicação de investigações adicionais.
“O diagnóstico de uma síndrome de predisposição genética para o câncer pode influenciar diretamente as recomendações de rastreamento ao longo da vida. Esse direcionamento específico pode aumentar as chances de detecção precoce de possíveis tumores, um fator fundamental na eficácia do tratamento”, afirma a geneticista.
Rosenelle ainda recomenda que a investigação genética comece, sempre que possível, por quem já foi diagnosticado com a doença: “Ao iniciarmos a investigação por quem não teve um diagnóstico pessoal de câncer, podemos receber um resultado não informativo. Também é necessário levar em consideração que a maioria das pessoas que recebem diagnóstico de câncer não tem uma síndrome de predisposição hereditária a neoplasias”.
A médica destaca que, independentemente da relação familiar ou predisposição genética, as recomendações de hábitos saudáveis devem ser seguidas por todos. “O câncer é uma condição de causa multifatorial e os fatores genéticos são uma parte da equação. Portanto, evitar o tabagismo e o consumo de álcool, praticar atividade física regularmente e manter uma dieta saudável são medidas importantes de prevenção”, reforça.
Sobre o Grupo Sabin
Referência em saúde, destaque na gestão de pessoas e liderança feminina, dedicado às melhores práticas sustentáveis e atuante nas comunidades onde está presente, o Grupo Sabin nasceu na capital federal, fruto da coragem e determinação de duas empreendedoras, Janete Vaz e Sandra Soares Costa, em 1984. Hoje, conta com cerca de 7000 colaboradores unidos pelo propósito de inspirar pessoas a cuidar de pessoas.
Presente em 15 estados, além do Distrito Federal, a empresa oferece serviços de saúde com excelência, inovação e responsabilidade socioambiental às 78 cidades em que está presente e atende a mais de 7 milhões de clientes por ano, em 350 unidades distribuídas de norte a sul do país.
O ecossistema de saúde do Grupo Sabin integra um portfólio de negócios que contempla análises clínicas, diagnósticos por imagem, anatomia patológica, genômica, imunização e check-up executivo. Além disso, contempla também serviços de atenção primária, contribuindo para a gestão de saúde de grupos populacionais por meio de programas e linhas de cuidados coordenados, com a Amparo Saúde, e a plataforma integradora de serviços de saúde – Rita Saúde – solução digital que conta com diversos parceiros como farmácias, médicos e outros profissionais, promovendo acesso à saúde com qualidade e eficiência.