Fotos: Alfredo Filho e Valter Pontes/Secom PMS
Após 30 anos de hiato, a Banda Mel está de volta ao Carnaval de Salvador e às ruas do tradicional circuito da folia. Formado por Márcia Short e Robson Morais, o grupo emocionou os foliões presentes no Circuito Osmar (Centro), nesta segunda-feira (12), com sucessos do axé music e do samba-reggae, como, por exemplo, “Prefixo de Verão”, “Crença e Fé” e “Baianidade Nagô”.
O público foi ainda mais ao delírio após a banda, juntamente com a cantora e ministra da Cultura, Margareth Menezes, entoar a música “Faraó – Divindade do Egito”, canção histórica composta por Luciano Gomes, em 1987. Pouco antes da saída do trio elétrico, Márcia Short relatou a alegria de estar de voltar ao Carnaval de Salvador e comentou o carinho que tem recebido do público desde o anúncio do retorno da banda.
“Muita alegria e emoção. A receptividade tem sido excelente. As pessoas estão felizes, matando a saudade. Eu recebi uma canção de um compositor que fala ‘é o som dos tambores voltando, e é o mel a saudade adoçando’. Ele traduziu em duas linhas o que a gente sente. É como se a gente tivesse colocado mel nessa saudade”, desabafou emocionada.
Robson Morais, por sua vez, resolveu antecipar o que os foliões podem esperar ao longo das cinco horas de shows. “A música afro é a base de toda sonoridade, de todo o discurso que a gente traz. Vamos apresentar uma discografia maravilhosa, cheia de sonoridade negra”. E completou. “É uma felicidade enorme cantar nesse circuito tão icônico”, contou.
Valorização – Apoiados pela Prefeitura, os vocalistas também realizaram apresentações solo, no último sábado (10), na Varanda da Folia, localizada na Passarela Nelson Maleiro, no Circuito Osmar. Durante a entrevista, Márcia destacou a importância do apoio do poder público na festa carnavalesca.
“O carnaval é um polo de serviço, geração de emprego e renda, que fomenta a funcionalidade da cidade. Então, eu acho que é fundamental que a Prefeitura dê apoio aos projetos que têm relevância e incentivem os que estão começando. E com relação ao legado dos blocos afro, é um momento histórico e também de reparação. Então, a gente agradece o acolhimento, o apoio e, sobretudo, esse olhar consciente”, finalizou.