** O IPCA de março na RMS (0,16%) foi significativamente menor do que o registrado em fevereiro (0,96%) e ficou igual ao do Brasil como um todo;
** Com altas médias de preços em 6 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, inflação de março na RM Salvador foi puxada por saúde e cuidados pessoais (0,97%), sob maior influência do aumento dos medicamentos (1,93%);
** Mesmo aumentando menos do que em fevereiro, o grupo alimentação e bebidas (0,31%) também manteve uma contribuição importante para o IPCA de março, na RMS, desta vez com força maior da alimentação fora do domicílio (0,84%);
** Dos 10 itens que mais aumentaram em março, na RMS, 8 foram alimentos, liderados por cheiro-verde (18,95%), coentro (17,34%) e tomate (17,02%);
** No primeiro trimestre de 2024, o IPCA acumula alta de 1,26% na RM Salvador, mantendo-se abaixo do registrado nacionalmente (1,42%). Nos 12 meses encerrados em março, a inflação na RMS acumula alta de 3,36%. É a 5a mais baixa do país e também segue menor do que a nacional (3,93%).
Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação (ou custo de vida), calculado pelo IBGE, ficou em 0,16% na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
O indicador desacelerou (aumentou menos) significativamente em relação a fevereiro, quando tinha sido de 0,96%, em grande parte pela influência sazonal do aumento no grupo educação naquele mês. Foi, também, o mais baixo para um mês de março, na RMS, em seis anos, desde 2018, quando havia ficado em -0,27%.
O IPCA da RM Salvador, em março, ficou igual ao do Brasil como um todo (0,16%) e foi o 10o dentre os 16 locais pesquisados separadamente pelo IBGE. Apenas a Região Metropolitana de Porto Alegre teve deflação no mês (-0,13%), enquanto os maiores índices foram verificados no município de São Luís/MA (0,81%), na RM Belém/PA (0,54%) e no município de Aracaju/SE (0,50%).
Com esse resultado, o IPCA da RM Salvador acumula alta de 1,26% no primeiro trimestre de 2024. Mantém-se abaixo do registrado nacionalmente (1,42%) e como o 12o maior índice entre os 16 locais. A inflação acumulada de janeiro a março de 2024, na RMS, é a menor para o período desde 2020 (0,67%).
Nos 12 meses encerrados em março, a inflação na RM Salvador acumula alta de 3,36%. Segue bem menor do que a verificada no mesmo período de 2023 (5,36%), desacelereou frente ao registrado em fevereiro (3,65%) e é a 5a mais baixa do país, mantendo-se menor do que o índice do Brasil como um todo (3,93%).
O quadro a seguir mostra o IPCA para o Brasil e as áreas pesquisadas, no mês, no acumulado no ano e nos 12 meses encerrados em março de 2024.
Com altas em 6 dos 9 grupos, inflação de março na RMS foi puxada por saúde (0,97%), sob maior influência do aumento dos medicamentos (1,93%)
A inflação de março na Região Metropolitana de Salvador (0,16%) foi resultado de altas em seis dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
O maior aumento no mês e o principal impacto para cima no índice geral vieram do grupo saúde e cuidados pessoais (0,97%), que mostrou um quarto avanço médio consecutivo nos preços. Os medicamentos em geral (produtos farmacêuticos, 1,93%) exerceram a principal pressão inflacionária no grupo, mas houve altas importantes também em itens de cuidados pessoais, como produtos para cabelo (6,39%, o que, individualmente, mais puxou o custo de vida para cima na RMS, em março), e nos planos de saúde (0,78%).
Mesmo aumentando menos do que em fevereiro, o grupo alimentação e bebidas (0,31%) também manteve uma contribuição importante para o IPCA de março, na RMS, desta vez com força maior da alimentação fora do domicílio (0,84%), sobretudo as refeições, ou seja, almoço ou jantar fora (0,62%).
Mas muitos alimentos comprados para consumo em casa também tiveram altas relevantes para a inflação do mês, como o tomate (17,02%), a banana-prata (8,04%) e a cebola (7,84%). Dos 10 produtos ou serviços cujos preços mais aumentaram em março, na RM Salvador, 8 foram alimentos, liderados pelo cheiro-verde (18,95%), o coentro (17,34%) e o tomate (17,02%).
Por outro lado, dentre os três grupos que registraram deflação na RMS, em março, a retração mais profunda e principal contribuição no sentido de segurar o IPCA vieram dos transportes (-0,60%), puxados fortemente pelas passagens aéreas (-19,35%). Elas foram o terceiro produto ou serviço com maior deflação no mês, abaixo de dois alimentos: o maracujá (-25,36%) e a cenoura (-23,44%).
INPC da RM Salvador também desacelera em março e fica em 0,23%
Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da Região Metropolitana de Salvador ficou em 0,23%. O INPC mede a inflação para as famílias com menores rendimentos.
Assim como ocorreu com o IPCA, o INPC da RM Salvador desacelerou (aumentou menos do que em fevereiro), mas continuou acima do nacional (0,19%).
No primeiro trimestre de 2024, o INPC da RM Salvador está em 1,34%. Nos 12 meses encerrados em março, fica em 2,97%. Em ambos os indicadores, a RMS tem índices menores do que o Brasil como um todo (1,58% e 3,40%, respectivamente).