O tema é um tabu para os homens: fimose. A condição ocorre quando há excesso de pele envolvendo a cabeça do pênis. E embora seja algo mais notado na infância, os especialistas alertam que o problema também acomete homens adultos e, se não resolvido, pode contribuir para a infertilidade e causar doenças graves, como o câncer de pênis. A fimose ocorre quando, devido à quantidade maior de pele, há a dificuldade de puxar o prepúcio, para deixar a ponta do órgão masculino à mostra.
Com o tempo, o quadro pode causar incômodo, dor, além de prejuízos para a higienização adequada, o que representa uma porta de entrada para diversas doenças. “A fimose em crianças costuma manifestar dores na região, além de inflamações acompanhadas de febre. Já nos homens adultos, pode causar problemas no desempenho sexual. Mas, além disso, pode se tornar um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pênis”, conta o médico Agnaldo Viana, do IVI Salvador.
Existem basicamente dois tipos de fimose: a primária (ou fisiológica) e a secundária (ou patológica). A que ocorre nos primeiros meses ou anos de vida é considerada fisiológica. É uma situação transitória que normalmente evolui para uma resolução espontânea. Ou seja, ela é normal e não traz quaisquer preocupações. Com 1 ano de idade, aproximadamente metade dos garotos ainda não consegue expor a glande. Aos 3 anos, o número cai para cerca de 10%.
Os médicos diagnosticam a fimose secundária quando, mesmo com o passar do tempo, a criança continua incapaz de realizar esse ato. Nesse caso, a situação só se resolve com tratamentos. Ela também pode surgir em qualquer idade e costuma acontecer após uma infecção ou inflamação no pénis. Ou até mesmo depois de algum traumatismo na região genital.
Os sintomas da fimose são variados e vão além da dificuldade em expor a cabeça do pênis. O problema pode causar dor ou ardência ao urinar; inchaço; e infecção. Além disso, pode provocar acúmulo de secreções e incômodo ou dificuldades durante o ato sexual.
O tratamento para fimose normalmente é feito por meio da intervenção cirúrgica que tem como finalidade tratar o estreitamento ou excesso da pele. É recomendável que esse tipo de cirurgia seja realizada ainda na infância.
Como a fimose é entendida como algo externo, ela não tem influência direta sobre a próstata (que produz o líquido seminal), nem sobre os testículos, que produzem os espermatozoides. Por isso, dentro desse ponto de vista, ela não tem a capacidade de tornar o homem infértil. O que ela pode fazer é atrapalhar a fecundação.
Isso porque dos milhões de espermatozoides lançados na ejaculação, a depender da quantidade de pele sobre a glande, boa parte pode ficar retida na própria pele. Assim, ao invés de milhões, apenas alguns milhares de espermatozoides chegam ao sistema reprodutor feminino, o que acaba diminuindo as chances de sucesso na concepção.
A presença da fimose no homem por muitos anos pode prejudicar a higiene pessoal. O ideal é que, ao menos uma vez por dia, o homem retraia o prepúcio para lavar a região com sabão neutro. Se isso não for feito adequadamente, o pênis pode ficar exposto à proliferação de bactérias e vírus, e esses sim o podem tornar infértil. Infecções urinárias, câncer de pênis e ISTs são algumas das doenças que podem deixar como sequela a infertilidade. Nesses casos, novamente, não foi a fimose que tornou o homem infértil, mas ela abriu as portas para outras doenças que o fizeram.
Sobre o IVI – RMANJ
IVI nasceu em 1990 como a primeira instituição médica na Espanha especializada inteiramente em reprodução humana. Desde então, ajudou no nascimento de mais de 250.000 crianças, graças à aplicação das mais recentes tecnologias em Reprodução Assistida. No início de 2017, a IVI fundiu-se com a RMANJ, tornando-se o maior grupo de Reprodução Assistida do mundo. Atualmente são em torno de 80 clínicas em 9 países e 7 centros de pesquisa em todo o mundo, sendo líder em Medicina Reprodutiva. Em 2024, a unidade IVI Salvador completará 14 anos. https://ivi.net.br/ http://www.ivirma.com/