Junho é o mês de conscientização sobre a escoliose, uma patologia da coluna vertebral que pode comprometer o funcionamento adequado do organismo, causando complicações funcionais e também estéticas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a escoliose acomete cerca de 2% a 4% da população mundial, sendo que a grande maioria dessas pessoas está na fase da adolescência.
Segundo o ortopedista especialista em coluna, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), Djalma Amorim Jr., a escoliose é um encurtamento da coluna causado por uma curvatura lateral. “Normalmente, a coluna vertebral é reta e alinhada. Quando o paciente tem escoliose, a coluna acaba fazendo uma curva para um dos lados, em forma de “C” ou “S”, o que pode causar uma série de complicações.
O ortopedista explica que a escoliose mais comum é a idiopática. “É o tipo que chega com mais frequência ao consultório. Na maioria das vezes, é indolor, mas pode ser dolorosa quando existem deformidades muito elevadas, que acabam comprometendo a função respiratória e a função cardíaca”.
Nos estágios iniciais, a escoliose pode ser tratada de forma não cirúrgica, com o uso de coletes. Entretanto, em casos de uma curvatura mais acentuada, a cirurgia de correção pode ser a única opção. “É muito importante que esse paciente busque uma avaliação correta com especialistas, fazer exames de imagem e, com isso, definir qual o melhor tratamento para o seu caso”, afirma o médico.
Djalma ainda reforça que o diagnóstico precoce pode evitar a necessidade de uma intervenção cirúrgica e garantir um tratamento mais conservador. “Portanto, a pessoa deve ficar atenta aos seguintes sintomas: gibosidade (proeminência) nas costas; assimetria na cintura; tronco inclinado para um dos lados; mamas assimétricas (meninas); ombros em alturas diferentes; e escápula mais alta em relação à outra”, indica.
A cirurgia para corrigir a escoliose costuma ser indicada em casos mais graves, que podem ser incapacitantes e muito dolorosos, conta o especialista. “Entre as cirurgias de coluna, é uma das técnicas que você tem o melhor retorno do ponto de vista de resultado, porque é possível melhorar o bem-estar do paciente, a autoestima. Eu digo sempre que o tratamento cirúrgico da escoliose é um antes da pessoa e um depois, devido à correção. Então, é uma satisfação que não tem preço”, destaca.
O ortopedista Djalma Amorim Jr. é membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e atende no Centro Médico Hospital Aliança, Itaigara Memorial, Clínica CICV, Clínica Ortoped e Hospital Português.