Com o tema “Os impactos da Inteligência Artificial na jornada do paciente”, o médico estará ao lado de Daniel Ferraz, head do setor de Inteligência Artificial (IA) da Rede D’Or. “Vamos debater como esta tecnologia pode trazer atalhos para a rapidez e precisão do diagnóstico e facilitar a jornada do paciente em doenças imunológicas”, explicou o reumatologista. Durante o evento, o médico ainda deve abordar como as inovações têm auxiliado a Medicina: “Tenho utilizado em meus atendimentos essas ferramentas tecnológicas para auxiliar na identificação precoce das doenças e na precisão dos diagnósticos, o que permite iniciar com mais rapidez e personalização o tratamento do paciente”.
O especialista exemplifica esta interação com o caso de uma tomografia em que a Inteligência Artificial pode mapear alguns padrões que não estão sendo considerados pelo médico. “Neste aspecto, a IA pode funcionar como um buscador de outras patologias que sequer estão sendo vistas e identificar em qual grau essa doença pode estar (leve, médio e grave) e quais os cenários possíveis de recursos terapêuticos. De todo modo, é importante ressaltar que a IA não vai substituir o médico, mas vai ajudá-lo em muito, através de ferramentas de apoio para apontar rotas de tratamento e ajudá-lo a tomar as melhores decisões”, explica.
Mas o que são doenças autoimunes?
Estas doenças resultam de desregulação no sistema imunológico e nos mecanismos de defesa, sem causa aparente (e por este motivo sem etiologia), no qual existe uma produção equivocada de anticorpos, levando à resposta inflamatória dos diversos órgãos e tecidos do corpo.
Entre as doenças autoimunes mais conhecidas estão as que ocorrem nas articulações (artrite reumatoide e espondilite anquilosante, por exemplo); no tecido conjuntivo envolvendo o colágeno (como o lúpus, a esclerodemia e as vasculites); no aparelho digestivo com doenças inflamatórias intestinais (sendo as mais conhecidas a Doença de Crohn e a retocolite); na pele (psoríase, hidradenite supurativa e urticária crônica, por exemplo); e no sistema neurológico (como a esclerose múltipla, a miastenia gravis e a polineuropatia desmielinizante).