Situação deixa os moradores comuns dos locais com bastante medo de sair nas ruas, trabalhadores e estudantes que tem jornadas desgastantes durante o dia, vem a volta para casa como um dos momentos de mais perigo diariamente. E a sensação que fica para a maioria, é que as coisas não devem melhorar.
Na Boa Vista do Lobato, em Salvador na data de 18 de Maio, uma mulher de 25 anos, identificada como Jailza Barbosa Souza, foi assassinada a tiros dentro de sua residência. De acordo com a Polícia Civil, homens armados invadiram a casa e dispararam várias vezes contra a vítima, fugindo em seguida. Embora policiais militares da 14ª Companhia Independente tenham realizado buscas na área, nenhum suspeito foi preso.
Em uma operação de combate ao tráfico de drogas, o delegado Guilherme Machado, coordenador da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS), anunciou na sexta-feira (25) a prisão de Fabrício Neves Lima, conhecido como “Rato”, de 20 anos, pelo homicídio de Thiago do Carmo Melo Porto, seu rival. O crime aconteceu em dezembro do ano passado no bairro de Plataforma. “Rato” foi capturado em 18 de setembro, portando uma balança de precisão e R$ 105, e levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
E nesse último final de semana, em um incidente separado, Bruno Ornelas de Souza morreu na madrugada de segunda-feira (07) após ser ferido com uma garrafa em uma festa do tipo paredão na localidade conhecida como Urbis, em Periperi. Ele se envolveu em uma briga ao tentar cobrar uma dívida e foi atingido no pescoço. Apesar de ter sido socorrido para a UPA de Periperi, não sobreviveu aos ferimentos.
Esses casos refletem a crescente violência nos bairros de Plataforma, Periperi e Lobato, onde conflitos entre facções criminosas e a falta de segurança têm gerado um clima de insegurança para os moradores. Aumentando o número de assassinatos e mortes violentas na região.
Moradores comentam os riscos que assolam ao redor de suas moradias.
Alex – Comerciante:
“Olha, a situação aqui tem me deixado bem preocupado. Nos últimos meses, a violência aumentou, com assaltos e até assassinatos. Isso afeta minha loja e faz com que as pessoas fiquem com medo de vir aqui. Muitas vezes, eu fecho mais cedo, porque não sei o que pode acontecer. A gente gostaria de ver mais polícia por aqui e ações que realmente ajudem a melhorar a segurança. É complicado trabalhar assim, com o bairro vivendo com medo.”
Josefa – Dona de uma creche
“Eu me preocupo muito com a segurança das crianças aqui. A situação de violência na região tem me deixado bastante angustiada. Todos os dias, quando trago os pequenos, fico pensando se tudo vai estar tranquilo. É muito importante que os pais sintam confiança para deixar seus filhos aqui.
Estamos sempre atentos e tomamos cuidado, mas a verdade é que a falta de segurança na área é um problema. Eu gostaria que houvesse mais policiamento e que a comunidade se unisse para que todos pudessem viver com mais tranquilidade. O que mais queremos é garantir um ambiente seguro e acolhedor para as crianças.”
Depoimentos de comerciantes e de pessoas que residem nos bairros, evidenciam a angústia que eles passam dia a dia, a preocupação vai além dos interesses comerciais, se tornando um sentimento compartilhado em busca de melhoria da população.
