Estudos da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) mostram que, anualmente, cerca de 200 mil brasileiros são diagnosticados com lesões no manguito rotador, sendo que aproximadamente 30% desses pacientes acabam precisando de cirurgia. As lesões traumáticas e totais, que causam grande impacto na mobilidade e qualidade de vida do paciente, são as que mais frequentemente evoluem para intervenção cirúrgica.
O manguito rotador é um conjunto de quatro músculos e tendões que envolvem a articulação do ombro, garantem estabilidade e permitem movimentos como levantar e girar o braço. As lesões nessa região são comuns, especialmente em pessoas que praticam esportes, realizam atividades repetitivas ou sofrem traumas. Essas lesões podem variar desde pequenas roturas até lesões mais graves, que afetam totalmente o tendão.
Segundo o ortopedista especialista em ombro e cotovelo, Gyoguevara Patriota, as lesões mais graves, que afetam mais de 50% do tendão ou causam rotura e rompimento completos, frequentemente necessitam de cirurgia para evitar complicações maiores, como perda de força, dor persistente com relevante piora na qualidade do sono (principalmente à noite) e na qualidade de vida. “A fisioterapia e os medicamentos são eficazes em muitos casos, mas quando a lesão no tendão é extensa, a cirurgia se torna a melhor opção viável”, afirmou.
Artroscopia – Quando os tratamentos conservadores não são eficazes, a artroscopia é a cirurgia mais indicada. O procedimento, minimamente invasivo, usa uma câmera (artroscópio) e instrumentos especiais inseridos por pequenas incisões para visualizar e tratar lesões no manguito rotador, permitindo maior precisão na identificação e tratamento das lesões, recuperação mais rápida e menos dor pós-operatória em comparação com cirurgias abertas.
O funcionário público Luiz Alcione Gonçalves (56), paciente do Dr. Gyoguevara Patriota, sentia muitas dores nos dois ombros à noite e sempre que praticava exercícios físicos, devido ao desgaste no manguito rotador. Felizmente, depois da cirurgia minimamente invasiva, ele ficou livre das dores. “A cirurgia foi tranquila. O pós-operatório é um pouco difícil, mas com o devido suporte médico, tudo correu dentro do esperado. Estou muito satisfeito com o resultado”, contou.
Além de sentir dores devido à rotura dos tendões dos ombros, o aposentado Hamilton Oliveira Brunelli (65) lamentava o fato de não poder carregar nenhum peso. Entretanto, depois de se submeter a artroscopia para tratar os ombros direito e esquerdo, ele está bem. “Minha recuperação foi rápida porque eu segui as orientações do doutor Gyoguevara Patriota e fiz a fisioterapia pelo tempo determinado pelo especialista”, relatou.
Segundo Gyoguevara Patriota, “o objetivo final do tratamento com métodos ambulatoriais ou cirúrgicos é o mesmo: aliviar, reduzir ou eliminar as dores no ombro e melhorar a qualidade de vida do paciente”, explicou. Procurar ajuda médica assim que a dor persistente no ombro surgir é muito importante, já que “o diagnóstico precoce é essencial para evitar que uma lesão parcial evolua para uma rotura completa, que pode necessitar de tratamentos mais complexos e invasivos como a cirurgia”, completou o ortopedista.