A pneumonia é considerada uma das principais causas de morte por doenças infecciosas no mundo. No Brasil, houve um aumento dos quadros provocados pela bactéria Mycoplasma pneumoniae, uma variação que não costuma manifestar os sinais mais comuns da doença, como febre alta, tosse com secreção, indisposição e dificuldade para respirar. De acordo com dados do Ministério da Saúde, somente este ano, mais de 245 mil pessoas foram internadas devido a essa forma atípica e grave de inflamação dos pulmões.
Assim como a versão tradicional, a chamada pneumonia silenciosa é mais crítica em crianças menores de cinco anos, idosos e indivíduos com imunodeficiência. Por isso, com o propósito de intensificar a conscientização tanto sobre a forma clássica quanto atípica, no mês de novembro, o dia 12 é dedicado ao Dia Mundial da Pneumonia. A data traz à tona a importância de medidas preventivas, além do acesso a diagnóstico e tratamento adequado.
Enfermeira e responsável técnica do IHEF Vacinas, Fabiana Porto destaca que os quadros podem ser provocados por diferentes fatores, entre eles a circulação simultânea de diversos vírus, bactérias, fungos, inalação de produtos tóxicos e até a redução da imunidade da população após o período de pandemia da Covid-19. “Independentemente das motivações, as alternativas para conter as condições inflamatórias continuam envolvendo vacinação, práticas de higiene e hábitos saudáveis, como não fumar”, afirma.
Principais cuidados
Como a pneumonia é transmitida principalmente pelo ar, saliva, secreções e em decorrência de mudanças bruscas de temperatura, a imunização é um dos maiores meios de prevenção. Isso porque garante a proteção contra os agentes patogênicos causadores da doença inflamatória aguda.
“As vacinas disponíveis, inclusive no IHEF, são a Pneumo 13 e a Pneumo 15, recomendadas para crianças a partir de 2 meses, além de adultos e idosos. Já a Pneumo 23 é indicada para crianças acima de 2 anos com prescrição médica e deve fazer parte da rotina de imunização de idosos acima de 60 anos”, explica a enfermeira.
Ela ainda reforça que, fora a vacinação, práticas como lavar as mãos frequentemente e cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar são indispensáveis. Outra ação essencial para evitar a presença da infecção nos pulmões é manter os ambientes bem ventilados, distanciando-se das aglomerações. Alimentação balanceada e realização frequente de atividades físicas também servem de aliados, uma vez que auxiliam no fortalecimento do sistema imunológico e melhora da saúde respiratória.