O Grêmio Prudente anunciou na última quarta-feira (20) a contratação do goleiro Omar Reis para a disputa da Série A2 do Campeonato Paulista. Aos 35 anos, o experiente jogador é o décimo primeiro reforço da equipe.
Omar atuou por sete anos no Esporte Clube Bahia, sendo parte fundamental do elenco que conquistou o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro em 2010. Entre 2009 e 2015, o arqueiro defendeu o tricolor baiano em 62 partidas.
O novo reforço do Carcará também se destacou no Juventude, onde contribuiu para o acesso à Série B do Brasileirão em 2019. Além desses clubes, Omar Reis possui passagens por Água Santa, Caldense, Bragantino e Sampaio Corrêa, entre outros.
SUSPENSÃO POR DOPING
Omar foi suspenso após testar positivo para ostarina, substância com ação anabolizante que contribui para o aumento da massa muscular, da força e da performance. A contaminação aconteceu pois a substância estava em um suplemento chamado arginina, que fazia parte da dieta do goleiro. A princípio, o goleiro havia sido suspenso por quatro meses. Pouco tempo depois, o caso do goleiro teve uma reviravolta.
Com um pedido de recurso feito pelo laboratório da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem), Omar teve que passar por outro julgamento. Nesse novo processo, a pena foi máxima: quatro anos afastado dos gramados.
O resultado da punição de quatro anos veio quando Omar já estava em negociações com alguns clubes, no segundo semestre da temporada 2020. O goleiro recebeu propostas do Brasil de Pelotas-RS, do Confiança-SE e tinha conversas avançadas para defender o Náutico, porém, após a suspensão, os planos do goleiro tiveram que mudar.
Em entrevista realizada ao Bahia Notícias no ano passado, o ex-goleiro tricolor falou sobre o sentimento de retornar aos gramados após a suspensão.
“Foi um período longo, de muitos desafios, lições, ampliar a visão, assumir a responsabilidade e administrar o momento junto com a minha família e todos aqueles que me deram suporte. Esses quatro anos foram muito duros, mas é viver o presente. Entendendo cada dia. Eu não medi esforços para provar minha inocência. Após passar por esse caminho e levar com muito aprendizado, se transformou em uma questão de entender se eu amo mesmo esse esporte. Não só eu, como minha casa, temos aprendido algumas coisas sobre obediência, responsabilidade e compromisso. Essa é a minha cabeça hoje, onde quer que esteja estabelecido. Eu acredito que essa tenha sido a lição. E o Bahia fala muito comigo a respeito disso, porque tem um lema que é ‘nascido para vencer’, com uma história de virar os jogos no último minuto. Eu fui forjado nesse ambiente, que gera um sofrimento, mas também grandes momentos”, disse.
Bahia Notícias