O Navio Pirata, como é chamado o trio elétrico do BaianaSystem, ganhou tração por volta das 17h deste sábado (1º) no Circuito Osmar, levando para a avenida, mais uma vez, um mar de foliões neste terceiro dia de Carnaval. O cantor Russo Passapusso reverenciou o público antes de partir em direção à Praça Castro Alves, ponto final do circuito.
“Vamos na paz, na alegria, vamos fazer uma festa linda, como estamos acostumados a fazer”, disse o artista. No asfalto, foliões pipoca de várias partes do Brasil se reuniram para seguir o grupo. Flávio César, de 29 anos, por exemplo, veio de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ele já curtiu o Navio Pirata outras quatro vezes, mas sempre em seu estado de origem.
Essa foi sua primeira experiência sentindo os acordes da guitarra baiana do grupo em solo soteropolitano. “Vim na companhia da minha esposa, do meu filho e dos meus amigos. Estou amando, isso aqui é maravilhoso. Se em São Paulo já é surreal, imagina aqui em Salvador?”, comentou.
Thaís Araújo, de 30 anos, também veio de São Paulo. Moradora da capital paulista, ela já esteve atrás do Navio Pirata quando, no ano passado, o grupo baiano se apresentou no Parque Ibirapuera. “Essa é a minha primeira vez no Carnaval de Salvador. A expectativa é grande porque acho que aqui o público é mais animado. E parece que tem mais tradição”, afirmou.
Já Roberto Neiva, de 55 anos, morador de Salvador e fã do grupo desde o início, revelou que esta foi sua primeira vez curtindo a atração na pipoca do Carnaval. O que mais lhe chama a atenção é a irreverência sonora do BaianaSystem, que ele compara ao Manguebeat, movimento cultural e musical pernambucano surgido na década de 1990.
“Baiana tem uma coisa diferente, algo novo, contemporâneo. Acho que, depois do Manguebeat, a coisa mais revolucionária em termos de música é o BaianaSystem. Além disso, a pipoca é legal, as pessoas se respeitam, ninguém mexe com as meninas e não tem briga”, avaliou.
Ao chegar à Passarela Nelson Maleiro, Russo, que estava ao lado da também baiana Pitty, reverenciou os trabalhadores do Carnaval. “Vamos bater palmas para esses guerreiros: ambulantes, cordeiros, garis, que ajudam a fazer nossa festa. Sem eles, nada disso seria possível”, declarou.
O Navio Pirata já se consolidou como uma das atrações mais aguardadas da folia e faz parte da programação diversificada montada pela Prefeitura de Salvador. Esta, inclusive, foi a terceira apresentação do BaianaSystem na festa. O primeiro show aconteceu no pré-Carnaval, quando o grupo esteve no Furdunço.