A Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) encaminhou uma carta ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a conclusão do processo que tramita na corte sobre o processo de licitação da Ferrovia de Integração Oeste – Leste (Fiol), no trecho que vai de Caetité, na região sudoeste do estado, a Ilhéus, no sul. A autorização do TCU é apontada como o último obstáculo para que a licitação possa ser realizada e abrir uma perspectiva de funcionamento para o equipamento.
Com isso, a ABAF integra o momento que já conta, na Bahia, com a participação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Federação do Comércio, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia, Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi), Fórum Empresarial da Bahia (que reúne mais de 30 entidades empresariais), Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) e Associação de Silvicultores do Sudoeste da Bahia (Assosil), entre outros.
No documento, endereçado ao ministro Aroldo Cedraz, a ABAF reitera a importância da ferrovia para a economia baiana que vai estabelecer alternativas mais econômicas para os fluxos de carga de longa distância; favorecer a multimodalidade; interligar a malha ferroviária brasileira, com sua futura conexão com outras ferrovias – Centro – Atlântica (FCA), de Integração do Centro-Oeste (FICO), e a ferrovia Norte-Sul -, incentivar e viabilizar investimentos que irão incrementar a produção e induzir a processos produtivos modernos em todo estado.
“Acreditamos na importância dessa ferrovia para maior interiorização da economia do nosso estado. Por ela serão transportadas muitas das riquezas produzidas pelos baianos, a exemplo dos produtos de base florestal, madeireiros e não madeireiros. Além disso, se fará melhor o escoamento da produção do agronegócio baiano que hoje tem custo muito elevado, tendo em vista que o modal utilizado nessa logística são geralmente pesadas carretas que podem causar não só problemas ao meio ambiente, como acidentes, além do desgaste da malha rodoviária. Essa ferrovia trará dinheiro novo para o governo da Bahia e municípios, além de possibilitar a geração de novos empregos diretos e indiretos. Vale lembrar que a Fiol vai cruzar cerca de 40 municípios, criando um marco e um novo ciclo no desenvolvimento e crescimento econômico da Bahia com o surgimento de novos polos agroindustriais autônomos que passarão a contar com a infraestrutura mais eficiente de logística”, completa Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF.
O traçado da Fiol vai da cidade de Tocantinópolis, no estado do Tocantins, até o município de Ilhéus, na Bahia, e onde será construído o Porto Sul. Essa estrutura logística vai beneficiar a produção mineral e agropecuária da Bahia ao reduzir custos de escoamento.
A ABAF representa as empresas de base florestal do estado, assim como os seus fornecedores. Essa pluralidade dá à associação a possibilidade de planejar e agir com respaldo nos mais variados âmbitos e em horizontes largos. Por isso, a ABAF fomenta a pesquisa, investe na coleta e tabulação de dados, a exemplo do relatório Bahia Florestal. A indústria de base florestal usa a madeira como matéria-prima, com destaque para a produção de celulose, celulose solúvel, papel, ferro liga, madeira tratada, carvão vegetal e lenha para o processamento de grãos. A madeira utilizada é plantada e é considerada uma matéria-prima renovável, reciclável e amigável ao meio ambiente, à biodiversidade e à vida humana. Atualmente tem como associados: Aspex, Assosil, Bracell, Caravelas Florestal, ERB, Ferbasa, Floryl, JSL, Komatsu, Ponsse, Proden, Sineflor, Solid, Suzano, Veracel e 2Tree.