Abel Ferreira optou por não fazer uma declaração pública sobre a confusão que ocorreu após o empate entre São Paulo e Palmeiras no Morumbi. No entanto, relatou a pessoas próximas que espera uma punição a Carlos Belmonte, diretor do São Paulo, que o insultou chamando-o de “português de m…” após a partida.
Na terça-feira, a presidente Leila Pereira, em entrevista ao ge, afirmou que as ofensas de Belmonte foram xenofóbicas e declarou que ele é persona non grata nos jogos do Verdão. Julio Casares, presidente do São Paulo, respondeu às declarações de Leila Pereira, sem mencionar Abel, listando casos em que o treinador foi punido.
“Repudio quem maltrata jornalistas retirando seu instrumento de trabalho das mãos, quem chuta microfones, quem peita jogadores do time adversário mesmo não sendo atleta”, declarou Casares em comunicado.
Abel Ferreira, em conversas privadas, mencionou que foi punido anteriormente por situações semelhantes e espera que o mesmo aconteça com Belmonte. No entanto, ele não tem problema com o dirigente do São Paulo, já que reconhece seus erros. Durante o Choque-Rei, o foco de Abel foi a reclamação de um pênalti que, na sua visão, deveria ter sido marcado.
A diretoria do Palmeiras tem mantido contato com Abel Ferreira nos últimos dias para definir os próximos passos, inclusive na esfera judicial. Leila Pereira já informou ao treinador que o departamento jurídico do clube está à disposição caso ele deseje abrir um processo contra Carlos Belmonte.
“O Abel fica muito chateado com os xingamentos, mas fica tranquilo, porque sabe que o Palmeiras está ao lado dele, dá todo apoio que ele precisa e a gente respeita o caminho que ele quiser traçar”, explicou Leila.
A presidente do Palmeiras sugeriu que os ataques ao treinador são motivados por inveja pelo seu trabalho excepcional no Brasil nos últimos três anos.
“No fundo, acho que tudo é despeito, inveja do trabalho ímpar do Abel aqui no Brasil. Tenho orgulho imenso, poder contar com o Abel por tanto tempo. Vou ser candidata à reeleição e, se for reeleita, meu trabalho será manter o Abel até o último dia do meu mandato”, afirmou.
“Atacar gratuitamente um treinador… Se acham que o Abel está procedendo de uma forma que não seja correta com a arbitragem, é a arbitragem que tem que dizer”, concluiu a presidente.
Bahia Notícias