A Academia de Ciências da Bahia, presidida pelo professor e pesquisador Jailson Andrade, convida para o lançamento da campanha para reativar, modernizar e rebatizar o Museu de Ciência e Tecnologia da Bahia, localizado no bairro do Imbuí, em Salvador, com o nome do professor e ex-governador do Estado, Roberto Figueira Santos. A campanha será lançada oficialmente nesta sexta-feira, dia 26 de fevereiro, às 11 horas, num grande evento virtual, com a presença de intelectuais e cientistas de renome nacional, como o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira, e o presidente da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência (ABCMC), Douglas Falcão Silva. Participe:
http://www.cienciasbahia.org.br/robertosantos/
A escolha de Roberto Santos para rebatizar o Museu de Ciência e Tecnologia tem uma grande justificativa. O museu surgiu, há exatos 42 anos, por iniciativa do próprio Roberto Santos, que assim criou o primeiro museu interativo do gênero da América Latina, “o que mostra a inovação que representava na época de sua inauguração e o quanto é significativo como equipamento público de educação, cultura e lazer, bem como para a memória do patrimônio museológico da Bahia e do Brasil”, justifica o presidente da Academia, Jailson Andrade.
– A Bahia merece a reativação e modernização do Museu de Ciência e Tecnologia da Bahia. O professor Roberto Santos merece a incorporação do seu nome a uma das suas mais importantes criações e legado deixado aos baianos, quando foi governador do Estado da Bahia, completa.
ADESÃO
A proposta da Academia de Ciências da Bahia já conta com várias adesões, inclusive da Câmara Municipal de Salvador, que, por meio do vereador André Fraga, enviou para a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia, o projeto que sugere a mudança do nome do Museu de Ciência e Tecnologia da Bahia para “Museu de Ciência e Tecnologia Professor Roberto Santos”.
Na justificativa, o vereador André Fraga lembra que “o Museu, inaugurado em 17 de fevereiro de 1979, foi concebido na gestão do então Governador na época, Professor Roberto Santos”, ressaltando que “Roberto Figueira Santos, médico, professor, pesquisador, ex-Reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ex-Governador, ex-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPQ), ex-Ministro da Saúde, fundador e ex-Presidente da Academia de Ciências da Bahia foi um grande precursor do desenvolvimento da pesquisa científica ao criar espaços para isso, além da divulgação científica com intuito para todos e todas tivessem acesso à ciência e à carreira científica”.
ACADEMIA
A Academia de Ciências da Bahia foi criada em 2010 pelo professor Roberto Santos, que foi o seu primeiro Presidente. Fundada em 2010, a ACB é uma entidade de direito privado sem fins lucrativos. Seu objetivo é contribuir para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, fomentando a ligação entre os setores acadêmico, produtivo e governamental do Estado da Bahia. Para tanto, reúne cientistas e pensadores das áreas de Ciências Exatas, Agrárias e da Terra; Ciências da Vida; Filosofia e Ciências Humanas; Ciências Sociais Aplicadas; e Artes.
MUSEU
O Museu de Ciência e Tecnologia da Bahia, localizado na Avenida Jorge Amado, no bairro do Imbuí, em Salvador, foi criado pelo Decreto Nº 25.633, de maio de 1977, e inaugurado em 17 de fevereiro de 1979, na gestão do então governador Roberto Santos. Este Museu é considerado o primeiro museu interativo do gênero da América Latina, reconhecido como uma inovação na época de sua inauguração e com uma significativa história para a memória do patrimônio museológico da Bahia e do Brasil.
No período de sua implementação e inauguração, o espaço ficou sob responsabilidade da Secretaria de Planejamento, Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia (Seplantec), correspondendo aos anos de 1977 a 1983. O espaço de popularização da ciência esteve vinculado à reitoria da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) até ser transferido, em agosto de 2013, para a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia.
O Museu foi pensado para ser um espaço de ideias e projetos que contribuíssem para a popularização da ciência, tornando-se um equipamento público de educação, cultura e lazer. O seu projeto arquitetônico, desenvolvido pelos baianos Wilson Andrade e Miguel Wanderley, possui design contemporâneo, é um exemplar único em seu desenho, com a cobertura pênsil em estrutura espacial de alumínio. Além das especificidades de sua estrutura arquitetônica, o Museu conta com uma obra do artista plástico Mario Cravo, que foi o responsável por elaborar o projeto dos portões frontal e posterior da edificação. Todos esses elementos tornam o Museu um espaço de grande importância para o Estado da Bahia, e o coloca também nos cenários nacional e internacional como expoente da arquitetura e da memória da ciência da Bahia.