Desde o início da pandemia de Covid-19, a Prefeitura, através da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), adotou um conjunto de medidas para proteger as pessoas com deficiência, sobretudo, as que estão em situação de vulnerabilidade social em Salvador. Conforme o último censo realizado pelo IBGE, Salvador tem cerca de 700 mil pessoas com algum tipo de necessidade especial, o que corresponde a 26% da população. As ações são coordenadas pela Unidade de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência (UPCD).
Já foram distribuídas, por exemplo, 13.557 cestas básicas a crianças com microcefalia e alunos da rede municipal com algum tipo de deficiência. Além disso, foram entregues 7.393 materiais de limpeza, 43.696 fraldas descartáveis e 16.580 kits de higiene. Foram beneficiadas, até o momento, 53 entidades da sociedade civil, bem como as famílias de crianças com microcefalia referenciadas pelo Centro Dia. Parte desse material é oriundo da Plataforma Doa+Salvador, criado pela Sempre para receber doações, visando diminuir os impactos causados pelo coronavírus.
Nos pontos de distribuição de refeições instalados pela Prefeitura, são entregues lanches e almoços diariamente nos Barris, Barroquinha, Itapuã e Restaurantes Populares de São Tomé de Paripe e de Pau da Lima. De acordo com levantamento realizado pela Sempre, 30% do público atendido são pessoas com deficiência e idosos.
Máscaras e atendimento – Outra decisão importante que atendeu a um pleito das famílias foi a flexibilização da utilização de máscaras por pessoas com autismo. A medida foi autorizada através do Decreto Municipal n° 32.461 e leva em consideração as características mais frequentes nas pessoas com TEA, como a reatividade sensorial, a texturas, objetos ou qualquer contato externo com a pele.
No Centro Especializado de Reabilitação (CER), localizado no Subúrbio 360, em Coutos, as pessoas com deficiência física e intelectual já voltaram a ter atendimento presencial. Para essa retomada, a unidade passou a trabalhar com 30% da capacidade. Desde março, quando foi iniciado o isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus, o acompanhamento dos pacientes estava sendo realizado via teleatendimento.
Inclusão – A secretária da Sempre, Juliana Portela, afirmou que as medidas refletem o olhar inclusivo da Prefeitura. “Sobretudo nesse período de pandemia, além do cuidado e respeito com o público PCD”.
Já o diretor da UPCD, Wagner Andrade, destaca que as ações foram reforçadas visando atender as necessidades e garantir os direitos das pessoas com deficiência. “Acessibilidade não é exceção, é regra”, pontua.
Fotos: Vitor Santos/Sempre