O trabalho de inteligência realizado em parceria pelas polícias Militar, Civil e Federal foi intensificado.
Com os dois fuzis localizados pela Polícia Militar no sábado (21), após perseguição a detentos na região de Mata Escura, as Forças de Segurança da Bahia alcançaram a marca de 51 fuzis apreendidos entre janeiro e outubro de 2023. O número é o maior da história.
A ampliação do trabalho de inteligência, com as implantações de novos Núcleos, e a integração das Polícias Militar, Civil e Federal, consolidada com a instalação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) têm relação direta com as apreensões.
“Retirar armas das mãos do crime organizado, principalmente dos traficantes que promovem assassinatos de rivais, de usuários com dívidas e até de moradores que não compactuam com a atividade ilícita da venda de entorpecentes é prioridade”, enfatizou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.
Tancredo Neves, Calabar e Valéria
As grandes apreensões de fuzis no ano de 2023 aconteceram durante ações nas regiões de Tancredo Neves, Calabar e Valéria. Em todos os casos, o trabalho de inteligência norteou as equipes na repressão qualificada.
Em junho, uma campana para impedir que um “bonde” (grupo com dezenas de integrantes de facção) atacasse traficantes rivais na região do Subúrbio Ferroviário, resultou na localização de 13 fuzis. O ataque foi frustrado e, durante perseguição que terminou no bairro de Tancredo Neves, as armas longas foram encontradas.
No mês de setembro, um grupo de criminosos gravou um vídeo exibindo fuzis e indicando uma “invasão” na região do Calabar e Alto das Pombas. Dois dias após a divulgação, as forças de segurança fecharam o cerco contra o bando e apreenderam seis fuzis.
Outro caso de repercussão com apreensões de fuzis aconteceu em Valéria, também no mês de setembro. Três armas do calibre 5,56 foram achadas com integrantes de duas facções, além de granadas.
“São mais de quatro mil armas retiradas das mãos do crime organizado. A redução das mortes violentas em 2023 é resultado do trabalho incansável dos policiais”, completou Werner.