O delegado do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), Delmar Bittencourt, em coletiva nesta sexta-feira (27), no auditório da Polícia Civil, na Piedade, contou que o auxiliar de cozinha acusado de sequestrar e estuprar três mulheres, entre os dias 17 de maio e 20 de julho, em diferentes campi da Universidade Federal da Bahia (Ufba), escolheu o local porque “se sentia mais seguro para cometer o crime”. O suspeito confessou os crimes.
“Ele fala que a escolha da Ufba é porque na rua ele teria menos chance de ser pego. A escolha da vítima segundo o autor era realizada de forma aleatória. Aquela que estivesse mais vulnerável, sem se preocupar e distraída, ele abordava”, contou.
Ainda de acordo com o acusado, ele iniciou a série de roubos porque estava sendo ameaçado por um agiota. Ele teria pego cerca de R$ 3 mil para ajudar com a dívida do irmão, que estaria preso, e já teria repassado R$ 4 mil para o homem que emprestou o dinheiro. “Ele não sabe informar o que o levou a praticar esse ato, sendo que só precisava do dinheiro. De uma das vítimas ele pegou em torno de R$ 120. Da segunda vítima pegou R$ 900. Da terceira, foram R$ 1.900”, contou o titular do DCCP.
Uma parte do valor roubado era retirada dos cartões com pagamentos em um posto de combustíveis. Os frentistas que ajudavam no crime ganhavam uma parte e repassavam o resto para o suspeito. De acordo com a polícia, ao menos três frentistas já foram demitidos, mas o delegado ainda vai avaliar se eles serão indiciados.
O acusado ia de ônibus do Rio Sena até a Universidade, por volta das 17h30, por isso os crimes aconteciam por volta de 19h. Ele abusava das vítimas em um bairro próximo a Ondina, retirava seus pertences e seguia pela BR-324, onde ficavam os postos de combustíveis.
O acusado está preso preventivamente pelo roubo qualificado dos três carros, e pode pegar de 4 a dez anos de detenção por cada um. Ele ainda deve responder por restrição de liberdade e estupro.
Bahia Notícias