Uma boa educação financeira é a principal chave para ter um relacionamento saudável com o dinheiro, sendo às vezes até mais importante do que os valores envolvidos. Por esse motivo, a partir de 2020, o tema fará parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino infantil e fundamental, devendo ser trabalhado de forma transversal, ou seja, estará presente em diferentes disciplinas, como matemática, história, português ou geografia, por exemplo.
O CEO e fundador do Mobills, aplicativo completo para gestão de finanças pessoais, Carlos Terceiro, explica que o desenvolvimento da responsabilidade financeira deve ocorrer desde cedo, facilitando que o controle de gastos e a criação dos objetivos já estejam amadurecidos na fase adulta, evitando que a pessoa se complique com dívidas e aja por impulsos.
O especialista destaca abaixo para os leitores do BN Mulher algumas tarefas que podem auxiliar na educação financeira das crianças:
Mesada
A tradicional forma de inserir as crianças no mundo das finanças é com uma mesada mensal, essa é a melhor alternativa para ensiná-las a administrar o próprio dinheiro. O controle da mesada evita, principalmente, que os gastos sejam feitos por impulso e fora do planejamento.
Ensine a anotar os gastos
Ter uma planilha é ideal. No final do mês, ao visualizar o quanto gastou e o que economizou, a criança entenderá quais são seus objetivos e como evitar despesas desnecessárias, consequentemente estimulando a criação de poupanças.
Estabeleça objetivos
Incentivar que a criança crie objetivos e foque neles, faz com que ela aprenda a economizar e não gastar por impulso.
Delegue tarefas
Tarefas simples como pedir para uma criança comprar algo, ajudam na criação do senso de responsabilidade. Analisar preços e produtos é um primeiro passo muito importante para uma boa educação financeira.
Ensine brincando
O ensino por meio de brincadeiras envolve a criança, que através do universo lúdico, cria uma percepção das regras a serem cumpridas também na vida real. Não deixá-la ganhar todas as vezes é essencial, para que entenda que não só no jogo, mas na vida, às vezes perdemos. Monopoly, Banco Imobiliário e Jogo da Vida, são ótimas opções de jogos de tabuleiro que incentivam este raciocínio.
Deixe que a criança faça suas escolhas
Mesmo quando a criança faz a escolha de gastar o dinheiro de uma maneira não tão eficiente, o ideal é não ter inferir, pois apenas com os erros que ela aprende a se policiar das próximas vezes, fazendo com que a probabilidade de que erre na vida adulta seja muito menor.
Estimule que ela participe da organização das contas da casa
Desde cedo, é fundamental compartilhar como as contas da casa são organizadas e planejadas. Dessa forma, a criança consegue visualizar a importância de manter as finanças ordenadas de acordo com o orçamento familiar disponível.
Não se esqueça do diálogo
É indispensável estabelecer uma relação de diálogo com as crianças, independente do assunto. Sobre a temática financeira, introduzir termos relacionados, respeitando as faixas etárias, gera uma melhor compreensão deste universo.
Bahia Notícias