Lúcio Adolfo, advogado do goleiro Bruno Fernandes, enviou à Justiça, nesta quarta-feira (11), um pedido de progressão de pena para o jogador. O defensor baseou a solicitação no mérito que o jogador teria por já ter cumprido parte da pena, tendo ele, ainda, passado um período trabalhando na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Santa Luzia, na Grande BH.
Em conversa com o R7, Adolfo informou que pretende conseguir a evolução da pena para o regime semiaberto, com direito de trabalho. De acordo com o advogado, caso o presídio de Varginha, onde Fernandes está detido, não tenha estrutura que permita ao jogador trabalhar durante o dia e voltar para a prisão durante a noite, é possível que ele seja submetido à prisão domiciliar.
Condenado a 22 anos e três meses pela morte da ex-amante Eliza Samudio, Fernandes já ficou preso por seis anos e sete meses. Neste período, o goleiro passou duas temporadas na Penitenciária Nelson Hungria entre os anos de 2010 e 2015. Seis meses da pena foram cumpridos na Penitenciária de Francisco Sá, no norte de Minas. De setembro de 2015 a fevereiro deste ano, quando foi solto, o jogador estava na Apac de Santa Luzia.
Atualmente o atleta tem contrato assinado com o Boa Esporte. Segundo Adolfo, caso seja permitida a remição de pena para trabalho, Fernandes poderá solicitar à Justiça permissão de viagem para defender o clube em outras cidades, quando necessário. O pedido da defesa do goleiro será analisado pelo juiz da Comarca de Varginha, no sul de Minas Gerais. Antes de tomar a decisão, o magistrado deve consultar o promotor que acompanha o caso.
Reviravoltas
Após dois meses em liberdade, o goleiro Bruno Fernandes voltou a ser preso no dia 27 de abril, em Varginha, no sul de Minas Gerais, onde mora com a mulher. Ele foi solto, em fevereiro deste ano, graças a um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal). Mello considerou o argumento da defesa de Bruno, que alega ser excessiva a demora na análise de um recurso apresentado à condenação do jogador. A apelação enviada à Justiça em 2013 não foi julgada até hoje.
Porém, o habeas corpus foi anulado pelos ministros da Primeira Turma do STF que tomaram como base um recurso de Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, alegando que a liberdade do atleta representa perigo para a vida de Bruninho, filho dele com Eliza. Em 2013, Fernandes foi considerado culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio. Por causa dos crimes, ele foi condenado a 22 anos e três meses de prisão em regime fechado.
R7