Dois advogados peruanos apresentaram, nessa segunda-feira (18), à Justiça uma reivindicação de amparo para paralisar o processo de destituição feito pelo Congresso contra o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, por supostamente ter ocultado ligações com a construtora Odebrecht, de acordo com informações da mídia local.
Os advogados Francisco Dios e Juan Sanchez Chiang, que não representam oficialmente Kuczynski, solicitaram que um juiz determine a paralisação do processo de cassação, cuja votação no plenário está prevista para a próxima quinta-feira (21).
Na denúncia, os advogados alegam a violação de vários direitos fundamentais pela rapidez com que o Congresso pretende realizar esse procedimento.
A moção para destituir Kuczynski defende a “incapacidade moral permanente”, considerando que ele “faltou com a verdade” quando, em várias ocasiões, negou ter tido relação com a Odebrecht.
No entanto, a empresa brasileira revelou, na semana passada, que pagou mais de US$ 782 mil para a consultora Westfield Capital, propriedade de Kuczynski, por assessorias entre 2004 e 2007, época em que o atual governante peruano era ministro do ex-presidente Alejandro Toledo.
Tanto Kuczynski quanto a Odebrecht defenderam a legalidade dos contratos, que foram administrados exclusivamente com o empresário chileno Gerardo Sepúlveda, responsável pela Westfield Capital enquanto o atual presidente do Peru estava ocupado no setor público.
Agência Brasil