O ex-palhaço e hoje pastor evangélico Wanderley Tribeck se pronunciou sobre a representação da escola de samba que levou para a avenida um palhaço Bozo – do qual foi o primeiro intérprete no Brasil – com a faixa presidencial. Ele gravou um vídeo que seria, segundo ele, em defesa ao presidente Jair Bolsonaro e para se “defender”.
À coluna de Bela Megale, de O Globo, o religioso justificou que “foi um bom palhaço” e, portanto, não faria sentido a referência para criticar o chefe do Executivo. “Como querem denegrir o presidente como uma imagem boa como a do Bozo?”, questionou Wanderley.
“Me senti na obrigação de me defender, mas quero deixar uma coisa clara. Sou pastor evangélico, mas amo os católicos, espíritas, macumbeiros, bêbados, prostitutas, homossexual, amo todo mundo. Não tenho preconceito com ninguém. Gosto do presidente Bolsonaro justamente por isso, porque ele é pessoa boa e querem empurrar que ele é ruim”, argumentou.
Jair Bolsonaro chegou a compartilhar o vídeo do ex-palhaço da TV e teria ainda, segundo o próprio ex-Bozo, enviado uma mensagem para o seu celular agradecendo o vídeo. “É um cara muito educado”, caracterizou o pastor Wanderley, que acredita que o contato dele teria ido parar nas mãos do presidente por intermédio do seu filho, possuidor de algum vínculo com o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
E de acordo com Wanderley a notoriedade veio. “As pessoas que hoje tem 40, 45 anos, que eram fãs do Bozo, entupiram a minha página, estou com quase um milhão de comentários depois desse vídeo. Eu era um tatu que estava na minha toca e não saía. Eu estou muito alegre. Não imaginava que era tão querido”.
Apoiador do presidente desde a sua candidatura ao cargo, quando disse ter “trabalhado” pedindo votos “nas casas, nas cidades e nas igrejas onde passava”, ele afirmou que ama as pessoas do PT. “Amo as pessoas de todos os lados, não quero denegrir um lado para ajudar o outro. Meu interesse é só que as pessoas sejam do bem”.
Em suas palavras, o vídeo não seria uma tentativa de autopromoção, pois hoje sua dedicação total seria destinada a Cristo: “Hoje eu trabalho para Jesus e a fama é para Jesus, ele é meu ídolo. Bolsonaro é meu amigo”.
Wanderley admitiu ainda que teria o “maior prazer” em conhecer Bolsonaro e que voltaria a apoiá-lo em uma nova candidatura. Ele ainda não foi convidado para ir à Brasília.
Bahia Notícias