O leite materno é o melhor alimento para os recém-nascidos e crianças com até dois anos de idade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, muita gente ainda não tem consciência dos benefícios da amamentação, uma vez que existem mulheres que abandonam este hábito de forma precoce. O coordenador do setor pediátrico do Hospital São Rafael (HSR), Roberto Sapolnik, confirma que a amamentação é a forma ideal para as crianças obterem os nutrientes necessários para um desenvolvimento saudável. Nesta perspectiva, a campanha nacional Agosto Dourado foi criada pela Sociedade Brasileira de Pediatria com o objetivo de intensificar as ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.
“Com o leite materno é possível transmitir anticorpos da mãe para o bebê, prevenir doenças e alergias, hidratar, fortalecer o sistema imunológico, evitar cólicas, diarreias e problemas fonoaudiológicos de respiração, audição e deglutição, como também ajudar a fortalecer o vínculo entre mãe e filho”, detalha o pediatra Roberto Sapolnik. O médico ainda explica que o leite, logo após o parto, é chamado de colostro, substância essencial e de proteção contra infecções.
No processo de aleitamento materno, o pediatra reforça também que é preciso ter atenção na forma correta de amamentar, em relação à posição da mãe e do bebê. “Ela deve encaixar a criança na frente do mamilo, de modo que o recém-nascido consiga colocar a boca, capturando, inclusive, a auréola (parte escura ao redor do bico do seio). Uma amamentação ideal deve ter duração de 15 a 20 minutos. É importante frisar que, se o bebê mamar de forma correta, o seio não ficará machucado”, relata Sapolnik, ressaltando que se o aleitamento materno for incorreto, o neném pode ficar com fome e inquieto.
Outro ponto importante a ser citado é com relação à produção natural do leite. “É raro a mulher não produzir a quantidade suficiente para alimentar o seu bebê. Mas, pode acontecer. Quando isso ocorre, na maioria das vezes é consequência de causas externas, como a má técnica de amamentação, estresse, ansiedade, uso de chupetas, introdução de outros alimentos etc. A dica é sempre buscar orientação médica, repousar bastante, ingerir bastante líquido e ter uma alimentação saudável.