Alguns meses já são comumente conhecidos por estarem atrelados à cores que ajudam na divulgação e prevenção de doenças, como o outubro rosa e novembro azul. Este mês não é diferente. No agosto laranja profissionais de saúde chamam a atenção para a Esclerose Múltipla (EM), doença comum entre as mulheres em idade reprodutiva. Felipe Oliveira, professor assistente de Neurologia da UNIFACS dá mais detalhes sobre a doença e sintomas que podem ajudar a identificá-la.
A Esclerose Múltipla é uma doença autoimune, ou seja, acontece quando as células de defesa reconhecem o próprio corpo como inimigo. Ela é mais comum em mulheres (a cada 15 mulheres, um homem desenvolve), e começa a se manifestar principalmente em idade fértil, na faixa dos 20 aos 45 anos. “É um processo que acarreta na destruição da bainha de mielina, que é fundamental para o funcionamento dos neurônios. Isso vai acontecendo de forma pontual, em pequenos surtos espaçados”, explica Felipe.
Segundo ele, não existe um exame específico que consiga indicar a possibilidade ou prever a doença com antecedência. O diagnóstico é feito a partir de uma junção de fatores como estar dentro da “faixa de risco” e avaliação clínica a partir do histórico do paciente, aliados a exames de imagem e laboratoriais. No entanto, só é possível ter a confirmação quando a doença já houver surgido. “Consideramos uma doença esporádica e não hereditária. É comum que as pessoas desenvolvam sem que ninguém da família a tenha manifestado anteriormente”, completa.
Sintomas
Os sintomas são muito diversos, pois a doença afeta todo o sistema nervoso. Podem acontecer desde alterações visuais a motoras, piora ou perda repentina de visão, como dormência, formigamento, fraqueza ou perda de movimento nas pernas. “Todos esses sintomas podem ter uma causa que não a esclerose, por isso é importante perceber quando algum deles acontece e avança de forma muito rápida, em questão de horas ou dias e se for persistente. Nesse caso, o ide
Tratamento
A Esclerose é uma doença crônica, ou seja, que não tem cura. Mas existem formas de reduzir ou até mesmo impedir a progressão dos sintomas. Para controlar a doença existem tratamentos através de medicação (oral, venosa, subcutânea, injetável, etc.), que deve ser aliada a tratamentos de reabilitação, como fisioterapi