Números positivos mostram que o Brasil segue cenário promissor também para exportações
Apesar dos desafios enfrentados no ano passado com o excesso de chuvas, dados do prognóstico de produção agrícola do IBGE apontam que a safra de grãos, cereais e leguminosas deve ser positiva no Brasil e alcançar 293,6 milhões de toneladas só em 2023, constatando um crescimento de 11,8% em relação ao ano passado.
Sendo considerado um dos setores mais importantes da economia brasileira, o agronegócio também representa uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, além de figurar como um dos maiores produtores e exportadores de commodities agrícolas do mundo. Com isso, o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, calcula que o PIB do setor deve crescer 8% neste ano.
Luiz Carlos Carvalho, presidente do conselho diretor da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), acredita que, como o milho e a soja, por exemplo, foram plantados na época certa, a tendência natural é que a colheita de 2023 seja positiva e que o valor bruto da produção aumente em pelo menos 5%, chegando a ultrapassar R$ 1,3 trilhão.
Apesar dos desafios já enfrentados em anos anteriores, o agronegócio brasileiro segue apresentando vasta capacidade de crescimento, especialmente com a alta demanda mundial por alimentos que sejam sustentáveis e de qualidade. Daniel Ferraz, gerente Administrativo e Financeiro do Agronegócio Estrondo, no Oeste da Bahia, reforça essa expectativa ao citar os números que espera obter este ano.
“O país ainda possui um enorme potencial agrícola por concentrar terras férteis e tecnologias avançadas de produção, e o Agronegócio Estrondo faz parte de todo esse cenário. Para este ano, esperamos colher as safras de milho e soja, que somadas deverão atingir cerca de 218.019 toneladas”, afirma ele, completando que 70% deverão ser destinados para exportação e os demais 30% serão reservados para consumo interno e produção de ração para os animais.
De acordo com nota publicada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com dados de janeiro deste ano, o agronegócio brasileiro começou 2023 com superávit de US$ 8,69 bilhões, as exportações bateram novo recorde, chegando a faturar US$ 10,22 bilhões, com alta de 16,4% na comparação com o mesmo período de 2022. O milho também apareceu como destaque nas exportações de janeiro, com alta de 166,5% no valor e 125,9% na quantidade, levando o país a se manter como um dos maiores exportadores agrícolas para países como China e Estados Unidos, além dos continentes europeu e asiático.Luiza Azevedo